sexta-feira, 9 de maio de 2014

CTT a consolidar acima da zona de suporte

Depois da forte queda dontem de 6%, motivada pela divulgação (abaixo do esperado) dos resultados operacionais do 1º trimestre, os CTT encontram-se hoje a aliviar das perdas.
 
Os CTT divulgaram, no dia 7 de Maio, um resultado líquido de 18,1 milhões de euros, com a quebra das receitas provenientes do segmento do correio tradicional a serem compensados pelo negócio do expresso e serviços financeiros. Estes resultados começam a evidenciar as iniciativas definidas no “Programa de Transformação” para estes dois últimos sectores, como também a redução de 5,1% no número de trabalhadores dos CTT.
 
Também se ficou a saber que o banco norte-americano de investimento, JP Morgan, passou a ter uma posição qualificada (< 2%) no capital dos Correios de Portugal, juntando-se assim às outras três instituições financeiras e fundos  que já estão no capital social da empresa (Goldman Sachs, Pioneer, Deutsche Bank e Black Rock) e que detêm em conjunto 11% da empresa do sector postal.
 
Relembro que os CTT entram em ex-dividendo no dia 19 de Maio. O dividendo de 0,40€ será distribuído, aos accionistas que tiverem acções até essa data, no dia 22 de Maio.
Enquanto os CTT se mantiverem acima da zona de suporte entre os 7,35€/7,50€, o potencial mantem-se de subida.

Dados da variação de emprego fazem CAD valorizar

Os dados da variação de emprego que saíram muito abaixo do esperado (Act. -28.9k vs Prev. 12k) levaram o CAD a valorizar 130 pips. Conforme tinha dito na análise dontem, reforcei a posição curta a 1,5040.


Nota: aproveito também para actualizar o stop loss do trade no AUDUSD para o ponto de breakeven, ou seja, 0,9261.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

EURCAD sob forte pressão vendedora após declarações de Draghi

Na conferência de imprensa de hoje, o BCE decidiu manter inalteradas as suas três taxas e ignorou os apelos da França para a existência de um euro mais fraco, o que fez com que o EURUSD subisse para novos máximos anuais nos 1,3990.
 
Esta subida foi de curta duração, após comentários mais dovish por parte de Mario Draghi. O presidente afirmou que o mesmo está confortável com uma política mais facilitista, após a divulgação das previsões do seu staff, no mês de Junho. Apesar do aumento da actividade económica e da inflação no mês de Abril, o BCE acha que a existência de longos períodos de baixa inflação e de um euro forte não justificam medidas adicionais acomodativas. Em reacção o euro caiu a pique contra todas as divisas.
Na minha opinião, o EUR deverá sofrer um pouco com o facto do BCE ser um dos poucos bancos centrais a planear aumentar os estímulos.

Um pouco antes, às 13h13, haviam saído dados animadores para o mercado imobiliário do Canadá, com o início de construção de novas casas a sair bastante acima do esperado nos 195k (Prev. 177k).
A conjugação destes dois factores fez com que o EURCAD registasse a maior queda anual, ao desvalorizar 170 pips. Recordo que os bons dados de vendas e a aparente formação de um H&S no EURCAD, tinham-me feito abrir uma posição curta no dia 22 de Abril a 1,5205 (ler análise AQUI).

A forte queda de hoje confirmou a activação deste padrão de inversão. Estarei atento nos próximos dias a um possível pullback à neckline (na zona dos 1,5040) para reforço da posição curta.

O ganho actual de 220 pips, permite-me passar o stop loss para os 1,5110, de modo a proteger ganhos.
 

 

ZON Optimus supera as estimativas

A fusão entre a Zon e a Optimus criou uma nova estrela no sector das telecomunicações da bolsa nacional.
 
Desde o início do seu Bull Market, em Janeiro de 2012, a acção valorizou aproximadamente 162%, tendo já registado o seu máximo no início do mês passado nos 5,76€.
 
A Zon Optimus apresentou ontem uma redução de 8,2% nos resultados dos primeiros 3 meses, para os 25,3 milhões de euros. Os lucros, que ficaram acima da expectativa da maioria dos analistas, foram pressionados pelos custos com a fusão e reestruturação da empresa e também com a guerra de preços nos pacotes “triple play” e afins.
 
Nos últimos 12 meses, em que acção subiu cerca de 50%, a cotação tem vindo a ser suportada por uma linha de tendência ascendente (Lta) que leva já 6 pontos de toque. O último teste a esta linha, aconteceu no dia 25 de Abril, tendo a acção encontrado alguma pressão compradora, mas ainda assim com volumes muito menores do que tinha acontecido em Junho e Julho do ano passado.
 
O aumento do volume nos movimentos de queda e a correspondente diminuição nos movimentos de subida, deixa-me um pouco apreensivo e poderá deixar antever novas quedas no horizonte. Para já toda a atenção deverá estar direcionada para a importante zona de suporte dos 4,80€/4,90€ e para a lta.
 

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Os mercados americanos poderão cair mais de 10%

Hoje foi mais um dia de quedas para o NASDAQ e para o Russel 2000, penalizado sobretudo pelo sector biotecnológico e pela falta de novidades apresentadas por Janet Yellen, relativas ao futuro da política monetária da Fed.
 
A pressionar o índice tecnológico esteve sobretudo o Twitter e a Tesla que apresentou resultados, após o fecho do mercado, de 731 milhões de dólares (acima do esperado que era 704,5 mln de USD). Ainda assim a expectativa era que os resultados saíssem ainda melhores de modo a compensar as recentes valorizações que a acção teve.
 
O índice Russell 2000, que mede a performance de 2000 small caps do mercado americano, este a negociar abaixo dos mínimos de Abril mas acabou por fechar praticamente inalterado.
 
Fazendo uma análise de mais longo prazo, o Russel 2000 encontra-se na onda 4 da onda 3 de Elliott de grau imediatamente anterior. Significa isto que, se a teoria se confirmar, poderemos assistir, nas próximas semanas, a uma vinda à zona dos 930 pontos, que coincide com uma linha de tendência ascendente que tem suportado todo o bull market do índice desde 2009. Esta queda equivaleria a mais de 10% de desvalorização.
 
Após esta correcção, poderá depois partir para novos máximos acima dos 1200 pontos.
 
 
A análise de mais curto prazo, em gráfico diário, vem reforçar a validade desta ideia, uma vez que o índice se encontra em fase de formação de um padrão de inversão de tendência em cabeça-e-ombros. A neckline deste padrão encontra-se no importante suporte dos 1100 pontos. Caso a pressão vendedora seja suficiente para quebrar este nível de preço já esta semana, poderemos assistir a um acelerar das quedas até aos 1060 pontos.
 
 
Nota: o meu agradecimento especial ao Tiago da Costa Cardoso pela disponibilização do análise semanal com base em ondas de Elliott

EDP a testar o topo do Megafone

Segundo dados da CMVM, relativos ao mês de Março, a EDP continua a não fazer parte da escolha dos gestores de fundos de investimento. Os dados divulgados pelas carteiras dos fundos mostram que apenas 295.613,11 euros do património sob gestão dos fundos está aplicado nos títulos da eléctrica nacional, o que representa uma quebra de 0,30% relativamente ao final do ano passado.
 
A empresa surge assim como a 30ª participação nas carteiras, abaixo de empresas mais pequenas do PSI-Geral.
 
Depois de uma subida superior a 10% nas últimas semanas, a EDP testou ontem o limite superior dum padrão de exaustão conhecido como megafone. O final da sessão de ontem acabou por confirmar uma vela em formato de martelo invertido, evidenciando bastante pressão vendedora na zona dos 3,55€/3,57€.
 
Decido abrir uma posição short (curta) a 3,505 com stop loss no s 3,585 e take profit nos 3,31 (coincidente com a média móvel de 50 dias).
 

terça-feira, 6 de maio de 2014

Millenium BCP bate as estimativas dos resultados do 1º trimestre

O Millenium BCP valorizou hoje 1,90% depois de ter apresentado ontem resultados referentes ao primeiro trimestre do ano. O BCP reduziu os prejuízos dos primeiros três meses do ano para os 40,7 milhões de euros, que compara com -152 milhões de euros do período homólogo.
O BCP chegou hoje a valer 0,2307€, com os investidores a encararem os resultados acima das expectativas dos analistas (que apontavam para prejuízos de 62,9 milhões de euros) e as notícias sobre uma melhoria da classificação da dívida soberana portuguesa por parte da Fitch, como positivos para o sector da banca e em particular para o BCP.
Estes resultados do BCP espelham os ganhos avultados que a instituição liderada por Nuno Amado teve com a dívida pública portuguesa e também a redução dos custos dos depósitos em Portugal e a evolução favorável da actividade internacional, principalmente na Polónia.
Na minha opinião, o futuro do BCP continua sombrio quer pelo elevado montante de provisões apresentado (251 milhões de euros), quer devido ao custo que teve até Março com as obrigações subordinadas de conversão contingente (as chamadas CoCo bons) no valor de 66,2 milhões de euros, quer ainda pelos resultados dos testes de stress que serão levados a cabo este ano. Além disso, a rentabilidade extraordinária que o banco obteve com os títulos de dívida portuguesa, tende a minimizar-se, à medida o spread entre os juros da dívida portuguesa e as bunds alemãs estreita, estando actualmente nos +212 pontos base.
A nível técnico o BCP continua a negociar em range desde o início de Março, entre os 0,2050€ e os 0,2370€. Para já mantenho-me de fora. O que me faria entrar longo no BCP? Sem dúvida o breakout do limite superior deste range. A relação retorno/risco que oferecia este trade, seria bastante favorável, com a próxima resistência situada a aproximadamente 25% de distância, nos 0,30€.