terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Contrarian Investing no Petróleo

Desde que quebrou o range de negociação em que negociou durante um ano, o brent caiu a pique desvalorizando mais de 35% em 4 meses. A contribuir para esta queda esteve, entre outros factores, a valorização do dólar norte-americano.

A queda do preço do barril de brent acelerou a semana passada à medida que decorria a reunião da OPEC em Viena e em que era cada vez mais provável que não houvesse nenhum corte na produção. Os hedge funds apressaram-se a tomar posições curtas especulativas enquanto decorria a reunião dos vários ministros dos países produtores de petróleo, levando o brent a testar mínimos de 2010 nos USD 68/70.


A abertura com gap em baixa da sessão dontem, foi aproveitada para tomada de mais valias de muitos desses hedge funds, acabando por ser formar uma vela de bullish engulfing pattern. O RSI também apresenta algumas divergências positivas.


Tendo consciência que estou a abrir uma posição contrária à tendência de queda, em todos os horizontes temporais, decidi abrir uma posição longa em brent a USD 71,10 com stop loss abaixo do mínimo da vela dontem nos USD 66,80 e take profit nos USD 82,80.

Chamo mais uma vez a atenção para o risco elevado desta posição mas muitas vezes abrir uma posição de compra quando todo o mundo já está vendido (e não há mais ninguém a querer vender) poderá ser uma boa estratégia.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Especular na performance relativa entre dois índices

As minhas expectativas em relação ao rumo dos mercados europeus foram defraudadas depois do People´s Bank of China (PBOC) ter decidido baixar as taxas de juro nos depósitos a prazo a 1 ano em 25 pontos base (dos 3% para os 2,75%) e a taxa de empréstimo a 1 ano em 40 pontos base (dos 6% para os 5,60%),no passado dia 21 de Novembro.
Os índices europeus reagiram positivamente a estas notícias e à possibilidade do alargamento da compra de activos por parte do BCE e subiram em flecha, passando a negociar novamente acima da média móvel de 200 dias.
Apesar de ter sido stopado no trade curto que havia aberto em Ibex e de ter sido forçado a alterar a minha visão pessimista de curto prazo, não me parece que a acção recente do PBOC continue a alimentar as subidas nos índices como até agora. Até poderão continuar a subir, mas certamente suportados por outras razões. Na minha opinião estes cortes nas taxas não serão suficientes para provocar uma alteração nas dinâmicas de crescimento da economia chinesa, além de serem baixos (historicamente os cortes nas taxas são de 50 bps).
Neste momento, e depois de ter quebrado em alta a Ltd de médio prazo (azul), o Dax encontra-se muito perto de testar os máximos anuais nos 10.000/10.050 pontos. Este será o verdadeiro teste de força do Dax. É normal que possa haver alguma tomada de mais valias nesta zona mas será que após um pullback o Dax conseguirá estabelecer novos máximos anuais?
 
 
Já o Ibex quebrou a resistência dos 10.450/10.500 pontos, activando o nosso stop loss nos 10.510, mas ainda se encontra longe dos máximos anuais.
 
 
Conforme referi anteriormente, continuo bastante mais pessimista no Ibex e no Mib do que no Dax, por exemplo, e portanto irei agir de forma mais conservadora da próxima vez que entrar no mercado, fazendo hedging da minha posição.
 
O rácio Dax/Ibex encontra-se neste momento numa resistência nos 0,93/0,9350. Case quebre esta zona em alta poderemos ter uma oportunidade de trading interessante, ao especular que o Dax irá subir mais (ou descer menos) que o Ibex.
 

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O dólar poderá ser alvo de profit taking

Nas minutas da FOMC, divulgadas ontem, a maior parte dos membros da Fed acha que o abrandamento global irá ter um impacto limitado na economia americana e continuam apreensivos em relação ao ambiente deflacionário em que a economia americana continua mergulhada, muito devido à queda do preço do petróleo. Alguns membros também acharam por bem remover a expressão "considerable period" no que refere à distância entre o momento actual e o primeiro aumento na taxa de juro de referência.
 
Geralmente as minutas não trazem grandes alterações ao futuro da política monetária da Fed, com o mercado a continuar a acreditar que o primeiro aumento da taxa de juro será em Setembro de 2015. As atenções ficaram assim direccionadas para a última reunião da Fed deste ano em Dezembro e para os dados do CPI que foram divulgados hoje.
 
O CPI m/m saiu uma décima acima do esperado (Act. 0,0% vs Prev. -0,1%) e o core CPI m/m em linha com o esperado nos 0,2%.
 
O USDJPY tem sido comprado pelos hedge funds nas últimas três semanas, suportado pela antecipação das eleições no Japão para dia 21 de Dez., em que Shinzo Abe deverá reforçar a sua liderança. Apesar do trade parecer ter um só sentido, tudo o que sobe muito rápido cai ainda mais rápido e não admiraria de termos uma tomada de mais valias por parte de quem está comprado em dólares americanos.
 
 
Por outro lado, o GBPUSD encontra muito sobrevendido e, apesar da tendência primária ser de queda, o facto das minutas do BoE terem apontado para um aumento dos salários devido ao facto do mercado aboral estar bastante forte, poderá ser suficiente para despoletar um short covering.
 

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

PIB desilude e Nikkei é alvo de fortes vendas

O PIB trimestral preliminar do Japão foi a grande surpresa desta madrugada ao ter saído negativo nos -0,4%, enquanto que o mercado antecipava um crescimento de 0,5% do PIB. O Japão entra assim em recessão técnica, após dois trimestres consecutivos de contracção, a terceira desde a crise do subprime em 2008.
 
Esta surpresa negativa levou o Nikkei a um sell-off impressionante que foi aliviando à medida que a sessão europeia progredia. Ainda assim, nem tudo são más notícias, uma vez que estes dados poderão adiar o segundo imposto sobre vendas (recordo que o primeiro imposto data de Abril deste ano).
 
Os próximos dias de negociação serão marcados pelas especulações em torno do adiamento ou não do segundo imposto sobre vendas e pela possibilidade de eleições antecipadas uma vez que Abe falhou no seu compromisso eleitoral de trazer crescimento e inflação para o Japão.
 
A nível técnico, o Nikkei poderá encontra-se a formar um H&S no gráfico de H4. Estarei atento a uma possível entrada curta no índice nipónico. O nível chave são os 16670 pontos.


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Death Cross no IBEX inverte a tendência de longo prazo

Depois de uma ausência prolongada é com agrado que vos posso dizer que recomeçarei a publicar diariamente no meu blog. Antes de passar ao que interessa, não quero deixar de agradecer a todos aqueles que me enviaram mensagens de incentivo durante este dois últimos meses e que me fizeram perceber que, de uma forma ou de outra, vos tenho ajudado a entenderam e se possível realizarem bons negócios neste apaixonante mundo dos mercados financeiros.
 
Quem costuma acompanhar os meus posts, certamente já tinha reparado que estava bastante pessimista no PSI-20. Os últimos três meses vieram demonstrar que não só o PSI-20 mas também os restantes índices europeus têm sido alvo de uma forte pressão vendedora.
 
Depois de um final de mês de Setembro e príncipio de Outubro marcadamente negativo para os índices europeus, assistimos a um movimento correctivo que já dura há um mês. Na minha opinião este movimento correctivo já terminou e deveremos voltar às quedas, motivadas pelo regresso do conflito entre a Rússia e a Ucrânia e pela multa de 4,4 milhões de USD aplicada a alguns bancos (como é o caso HSBC, Citi e JP Morgan) por alegada manipulação no mercado cambial.
 
Após uma análise exaustiva aos vários índices europeus, considero que o IBEX e o MIB são os mais vulneráveis neste momento. O IBEX activou um duplo topo no dia 15 de Outubro com um target teórico de 1225 pontos. O movimento correctivo levou o índice espanhol a negociar acima da base deste duplo topo, situada nos 9950 pontos.
 
O movimento correctivo levou o IBEX a testar os 61,8% de fibo, nível que ofereceu bastante resistência. Além disso, as médias móveis de 50 e 200 dias cruzaram em baixo, sinal técnico conhecido como "death cross" e que sinaliza a inversão da tendência primária. Já tinha iniciado uma posição curta a 10370 pontos no dia 3 de Nov. e aproveitei hoje para reforçar com nova posição curta a 10156 pontos com stop loss a 10510 e take profit a 8870 pontos.
 
 
 
 
 

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Brent testa mínimos de 2012 e poderá sofrer um rebound

Nos últimos 3 meses e meio os preços do petróleo caíram a pique, depois da Líbia ter aumentado a sua produção e exportação  e da OPEC ter anunciado que a produção no Iraque foi apenas ligeiramente afectada pelos conflitos no norte do país.
 
Este aumento da produção de petróleo na Líbia, conjugado com as declarações do governo de que iriam aumentar a produção dos actuais 0,6 mb/d para 1,0 mb/d até ao final do ano, levaram o brent a cair dos USD 115 até aos USD 89, a maior queda dos últimos dois anos.
Do ponto de vista fundamental, só um agudizar das tensões entre os países ocidentais e Rússia (o maior produtor do mundo com 10 milhões de barris por dia) poderia levar o preço do barril de crude de novo para cima dos USD 100.
Ainda assim acredito numa correcção técnica de curto prazo, depois do brent ter testado hoje o importante suporte dado pelo mínimo de 2012 nos USD 90. Também os indicadores de momentum, como é o caso do estocástico, mostram sinais de divergência.
Comprei brent a USD 89,40 com stop loss a USD 87,90 e take profit nos USD 98,30.
 

Actualização do trade em USDRON

O dólar parece estar a ganhar força novamente. Depois da correcção, poderemos estar a voltar à tendência principal de subida.

Decido fechar o trade aberto em USDRON com um ganho ligeiro de 150 pips.

No fim de semana irei actualizar a rentabilidade da carteira, uma vez que não o faço desde Julho.