Este será o primeiro de três artigos sobre o Bull Market que a bolsa nacional vive desde Julho de 2012.
2012: PSI20 à boleia do mercado europeu e americano
Depois de uma queda de 50% entre Outubro de 2009 (na sequência da crise do subprime) e Junho de 2012, o PSI20 iniciou uma “recuperação” que acabou por se transformar num espectacular Bull Market que ainda perdura.
O ano de 2012 acabou por ser um ano animado para o PSI20. A praça de Lisboa foi à boleia do desempenho positivo das praças europeias e americanas, mas também pelas alterações que sofreu na sua composição ao longo do ano.
Em 2012 o valor de mercado das empresas do índice aumentou em 298,5 milhões de euros e o índice valorizou mais de 27% entre 26 de Junho e 31 de Dezembro.
No ano em que foi anunciado o Quantitative Easing 3 pela Reserva Federal Norte Americana, o programa de facilitismo monetária em que a FED anuncia a compra de 40 mil milhões de dólares em títulos de dívida hipotecária por mês, os sectores da banca, energia e telecomunicações foram os sectores que mais se evidenciaram no PSI20.
As acções da banca tiveram um comportamento misto, com as acções do BPI a conseguirem uma valorização impressionante de 94%. Para isso em muito contribuiu a forma bem sucedida como o BPI realizou o aumento de capital e o regresso aos lucros por parte do banco. Por outro lado, o Millenium BCP caiu 16% sobretudo devido ao elevado montante de financiamento a devolver ao estado, no âmbito do aumento de capital, e os elevados prejuízos.
Outros dois acontecimentos marcaram o comportamento do PSI20 no ano de 2012: as ofertas públicas de aquisição (OPA) lançadas sobre a Brisa e a Cimpor no final de Março e que culminaram na saída destas duas cotadas do índice (Junho e Agosto, respectivamente). O índice PSI20 ficou temporariamente reduzido a 18 empresas, voltando em Setembro a ter as habituais 20 empresas, com o Banif e a Cofina a integrarem o índice.
O final de Setembro, o mês de Outubro e o início de Novembro foram marcados pela aversão ao risco na praça lisboeta devido ao receio dos investidores sobre um eventual pedido de resgate financeiro da nossa vizinha Espanha, a apresentação do penoso Orçamento de Estado para 2013, a exigir muitos sacrifícios aos portugueses e a falta de acordo entre republicanos e democratas nos Estados Unidos em relação ao tecto da dívida.
2012: PSI20 à boleia do mercado europeu e americano
Depois de uma queda de 50% entre Outubro de 2009 (na sequência da crise do subprime) e Junho de 2012, o PSI20 iniciou uma “recuperação” que acabou por se transformar num espectacular Bull Market que ainda perdura.
O ano de 2012 acabou por ser um ano animado para o PSI20. A praça de Lisboa foi à boleia do desempenho positivo das praças europeias e americanas, mas também pelas alterações que sofreu na sua composição ao longo do ano.
Em 2012 o valor de mercado das empresas do índice aumentou em 298,5 milhões de euros e o índice valorizou mais de 27% entre 26 de Junho e 31 de Dezembro.
No ano em que foi anunciado o Quantitative Easing 3 pela Reserva Federal Norte Americana, o programa de facilitismo monetária em que a FED anuncia a compra de 40 mil milhões de dólares em títulos de dívida hipotecária por mês, os sectores da banca, energia e telecomunicações foram os sectores que mais se evidenciaram no PSI20.
As acções da banca tiveram um comportamento misto, com as acções do BPI a conseguirem uma valorização impressionante de 94%. Para isso em muito contribuiu a forma bem sucedida como o BPI realizou o aumento de capital e o regresso aos lucros por parte do banco. Por outro lado, o Millenium BCP caiu 16% sobretudo devido ao elevado montante de financiamento a devolver ao estado, no âmbito do aumento de capital, e os elevados prejuízos.
Outros dois acontecimentos marcaram o comportamento do PSI20 no ano de 2012: as ofertas públicas de aquisição (OPA) lançadas sobre a Brisa e a Cimpor no final de Março e que culminaram na saída destas duas cotadas do índice (Junho e Agosto, respectivamente). O índice PSI20 ficou temporariamente reduzido a 18 empresas, voltando em Setembro a ter as habituais 20 empresas, com o Banif e a Cofina a integrarem o índice.
O final de Setembro, o mês de Outubro e o início de Novembro foram marcados pela aversão ao risco na praça lisboeta devido ao receio dos investidores sobre um eventual pedido de resgate financeiro da nossa vizinha Espanha, a apresentação do penoso Orçamento de Estado para 2013, a exigir muitos sacrifícios aos portugueses e a falta de acordo entre republicanos e democratas nos Estados Unidos em relação ao tecto da dívida.
As especulações sobre a fusão entre a ZON e a Sonaecom, a dona da Optimus, que animaram a bolsa portuguesa durante todo o ano, são finalmente confirmadas, aquando do anúncio da fusão destas duas operadoras no dia 14 de Dezembro, após o fecho do mercado.
Julho
• 26/07/2012: O presidente do BCE garante que o euro é "irreversível" e que o BCE vai fazer o que for necessário para o preservar. O PSI 20 fecha a subir 2,5%, impulsionado pelas acções da EDP e da Galp;
• 27/07/2012: As yields das obrigações portuguesas a dois anos descem 45,1 pontos base para 8,054%. O PSI20 fecha em alta, impulsionado pela Galp que apresenta resultados acima das expectativas dos analistas.
Agosto
• 06/08/2012: Juros da dívida portuguesa caem mais de 50 pontos em todos os prazos devido ao facto da Alemanha ter demonstrado apoio ao plano de Mario Draghi para o BCE comprar dívida no mercado secundário. A Grécia e a Troika chegam a acordo acerca da necessidade de ser reforçado o esforço da política económica para que seja possível ao país atingir as metas a que se propôs e cumprir o acordado;
• 07/08/2012: Bolsas em alta animadas pelos resultados apresentados por algumas empresas e pela expectativa de que os bancos centrais irão tomar medidas para ajudar a impulsionar o crescimento económico. O PSI20 é contagiado pelas boas notícias, levando o índice a fechar com uma subida de 2,76% (a maior subida desde Novembro de 2011);
• 10/08/2012: As acções da Brisa afundam 5% e penalizam o índice nacional, depois de ter sido sabido o resultado da OPA sobre a Brisa. A Tagus (controlada em 55% por José de Mello e 45% pelo fundo britânico Arcus) passa a controlar 84,82% das acções da concessionária;
• 14/08/2012: PSI20 reduzido, temporariamente, a 18 empresas.
Setembro
• 05/09/2012: Brisa dispara mais de 20% com pedido à CMVM, por parte da Tagus e do Grupo Mello, para sair da bolsa;
• 06/09/2012: BCE anuncia compra ilimitada de dívida soberana, com maturidade até três anos, dos países em apuros da Zona Euro que peçam ajuda para acederem ao fundo de resgate permanente. O PSI20 sobiu 2,43%;
• 07/09/2012: O sector da banca impulsionou o PSI20 com os planos anunciados por Mario Draghi para reforçar a confiança dos investidores numa solução para a crise do euro. O PSI20 fechou a ganhar 2,06%, com o BPI a destacar-se com uma valorização de 11,70%;
• 13/09/2012: A FED anuncia a compra de 40 mil milhões de dólares em títulos de dívida hipotecária por mês, após o fecho do PSI20. No dia seguinte, a praça lisboeta abre com gap em alta, acompanhando as congéneres europeias;
• 18/09/2012: Os receios sobre um eventual pedido de resgate da Espanha penalizam as bolsas europeias. O PSI20 liderou as quedas na europa, aquando do fecho da sessão;
• 24/09/2012: A Cofina e o Banif reentram no PSI-20 com ganhos de 4% e 2%, respectivamente;
• 26/09/2012: Os receios dos investidores regressaram com o impasse de Espanha em relação a pedir, ou não, intervenção externa. A bolsa nacional fechou a perder mais de 2%, prolongando o ciclo de perdas que teve na semana.
Outubro
• 05/10/2012: As yields das obrigações portuguesas caem mais de 40 pontos base. No prazo a dois anos, os juros negociaram em mínimos de Março de 2011, abaixo dos 4%. O sector da banca impulsionou o mercado nacional com o BES a subir mais de 3%;
• 15/10/2012: O Governo apresentou o Orçamento de Estado 2013, marcado pelo aumento de impostos. O recuo no aumento da TSU, a alteração dos escalões de IRS e a aplicação de uma sobretaxa extraordinária de 4% foram as medidas mais polémicas. O aumento da taxa liberatória para 28% sobre juros dos depósitos, mais-valias e dividendos levaram o PSI20 a fechar negativo;
• 23/10/2012: A agência de notação financeira Moody’s cortou a classificação de crédito que atribui à dívida emitida por cinco regiões autónomas de Espanha. Rumores sobre negociações sobre uma possível fusão entre a ZON e a Optimus. O PSI20 desvalorizou 1,5%.
Novembro
• 07/11/2012: Apesar da reeleição (no dia anterior) de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos, as bolsas caem penalizadas com os receios dos investidores em relação ao “precipício orçamental” (o chamado “fiscal cliff”). Os investidores vão agora estar focados nos 607 mil milhões de dólares de aumentos de impostos e de cortes nas despesas federais, que deverão ser automaticamente accionados em Janeiro;
• 16/11/2012: Os receios em torno do debate sobre o orçamento nos EUA continuam a penalizar as bolsas a nível mundial. O PSI20 acumulou perdas;
• 19/11/2012: A expectativa dos investidores quanto à resolução do “precipício orçamental” nos Estados Unidos (após declarações do republicano John Boehner em relação ao evoluir das conversações com Barack Obama e a um possível acordo entre as partes) e da libertação de nova tranche de ajuda à Grécia no dia seguinte, levaram o PSI20 a voltar às subidas.
Dezembro
• 05/12/2012: O interesse da eléctrica chinesa Three Gorges na participação estatal na EDP fez com que o PSI20 subisse 1,76%. A EDP foi mesmo a cotada que mais subiu. Continuam as especulações em torno da fusão da ZON com a Sonaecom;
• 17/12/2012 O PSI20 subiu com a ZON e a Sonaecom a dispararem mais de 10%, depois de ter sido anunciado, na 6ª feira anterior depois do fecho do mercado, um acordo para a fusão das duas operadoras.
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