Desde o ínicio do ano o acúcar valorizou cerca de 20%,
depois de ter atingido mínimos de 3 anos em Janeiro.
Após de uma queda de 16% em 2013, a maior queda anual desde
1992, o acúcar atingiu mínimos de 3 anos em Janeiro deste ano. Desde então, as
secas que se fizeram sentir no Brasil (o maior produtor e exportador mundial de
açucar) levaram o açucar a valorizar cerca de 20%.
Por detrás desta subida está também a intervenção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) que desde Setembro do ano passado tem intervindo no mercado do açucar de modo a “salvar” alguns dos maiores produtores da bancarrota. O USDA está a comprar açucar aos produtores a um preço superior ao do mercado e a vendê-lo, com perda, aos maiores consumidores. A divulgação desta medida tem chamado a atenção dos investidores que reagem comprando futuros do açucar e contribuindo para o rebound actual no preço do mesmo.
Apesar do nível relativamente alto de inventários de açucar,
após 4 temporadas de excedente de produção, o efeito cumulativo dos preços
baixos do açucar e as maiores margens na soja, milho e trigo, poderão levar a
uma queda drástica nos inventários para a temporada 2014/2015.
O que nos diz a Análise Técnica?
Desde que iniciou o rally ascendente que o açucar negoceia
dentro de um canal ascendente (a azul no gráfico). O toque no limite superior
do canal coincidiu com as notícias dum aumento das chuvas no Brasil, fazendo
com que açucar desvalorizasse quase 5,5% na semana passada.
Segundo a Commodity
Weather Group, nos primeiros 10 dias de Março, a chuva em São Paulo (o maior
estado produtor de cana de açucar) duplicou comparativamente com o mês de
Fevereiro. As perspectivas para os próximos 15 dias são de continuação das
chuvas.
Nos últimos 3 dias o açucar formou um padrão de morning star
e testou com sucesso a sua média móvel de 50 dias (preto). Além disso
encontra-se muito perto do limite inferior do canal ascendente, pelo que
decidimos comprar açucar a 17,08 USD com stop loss a 16,70 e take profit a
18,60.
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