sexta-feira, 28 de março de 2014

Portugal Telecom dá bom ponto de entrada short

Na última análise que fiz à Portugal Telecom, no dia 2 de Março, referi que:
 
“Na minha opinião, a incerteza é elevada e o potencial de valorização das acções da nova empresa dependerá fundamentalmente da concretização das sinergias e da capacidade da equipa de gestão em conseguir crescimento para a Oi. A minha recomendação é de MANTER enquanto negociarmos abaixo dos 3,60/3,70€ e vender caso quebre a Lta em baixa”.
 
Ora, foi precisamente o segundo cenário que se concretizou no dia 13 de Março, ou seja, as acções da PT quebraram, em baixa, a linha de tendência ascendente que vinha suportando a cotação desde 15 de Julho de 2013, com uma desvalorização superior a 2%. Esta quebra aconteceu, depois da agência Moodys, na sua análise à emissão de dívida de empresas dos cinco países da periferia da Europa - Itália, Espanha, Portugal, Grécia e Irlanda, ter concluído que a emissão da Portugal Telecom, em Outubro de 2012, ter sido “a primeira emissão de dívida especulativa ('high yield bond') do país em mais de três anos".
 
Neste momento o potencial é de queda e esperam-se dias de elevada volatilidade para a PT. Só no dia 26 de Março, o dia que antecedeu a assembleia geral marcada para ontem, foram trocadas de mãos 19 milhões de acções.
 
Ontem foi dado mais um passo decisivo para a fusão entre a Oi e a PT. Em assembleia geral, os accionistas da Oi aprovaram o aumento de capital e a avaliação da PT. Já os accionistas da PT aprovaram a avaliação dos activos feita pelo Santander em 1.900 milhões de euros (para efeitos de participação accionista na Oi contam apenas 1.750 milhões de euros, sem contar com os dividendos).

A incerteza é elevada e fica ainda a faltar a captação de investidores para o aumento de capital no valor de sete mil milhões de reais (cerca de dois mil milhões de euros). Dia 16 de Abril será fixado o preço da oferta e no dia 23 de Abril a liquidação financeira. Depois do aumento de capital estar concluído, os accionistas terão ainda de reunir-se para aprovar a fusão que dará origem à nova empresa. Segundo, Henrique Granadeiro, a operação deverá estar concluída só no terceiro trimestre desta ano.

Num movimento muito rápido, a acções da PT acabaram de testar o último mínimo relativo, feito no dia 14 de Março nos 3,101, pelo que decido abrir uma posição curta (short) a este valor com stop loss nos 3,326 (acima da média móvel de 50 dias) e take profit nos 2,76.
 

 
 

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