Mais logo ao fim da tarde,
às 19h00, terá lugar o principal acontecimento de risco da semana – a decisão
sobre a política monetária da Fed e as projecções económicas da FMOC, sendo expectável
um novo corte de 10 mil milhões de dólares no pacote de estímulos monetários.
No entanto, o tapering já
está incorporado no preço e os investidores estão mais centrados nas projecções
económicas para a taxa de desemprego, inflação e PIB e para as explicações que
serão dadas por Janet Yellen.
- Taxa de desemprego mais baixa. As últimas previsões da Fed, realizadas em Março, apontavam para uma taxa de desemprego entre os 6,1% e os 6,3% para o último trimestre do ano. Ora, o limite superior deste intervalo (6,3%) foi atingido em Maio, pelo que a Fed poderá rever este intervalo em baixa, mostrando assim uma normalização do mercado laboral.
- Mais inflação. A inflação também poderá ser revista em alta, depois dos preços do consumidor, relativos em Maio, terem subido 0,4%. Um aumento da previsão da inflação, transmitirá a ideia de que a Fed poderá aumentar a taxa de juro de referência logo após o término do programa de QE, o que será benéfico para o dólar.
- Previsão de PIB mais baixo. O PIB deverá ser revisto em baixa devido à contração do PIB do primeiro trimestre, maior que o esperado.
A reacção do dólar será um
pouco imprevisível e dependerá muito da forma como Yellen explicar as
alterações que referi em epígrafe. A balança poderá pender para qualquer um dos
lados. Se o destaque for para a previsão de uma inflação mais alta e uma menor
taxa de desemprego, o dólar poderá valorizar face à maior parte das divisas.
Pelo contrário, se o destaque for para o abrandamento da economia, a reação do
dólar deverá ser a inversa.
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