As minhas expectativas em relação ao rumo dos mercados europeus foram defraudadas depois do People´s Bank of China (PBOC) ter decidido baixar as taxas de
juro nos depósitos a prazo a 1 ano em 25 pontos base (dos 3% para os 2,75%) e a
taxa de empréstimo a 1 ano em 40 pontos base (dos 6% para os 5,60%),no passado
dia 21 de Novembro.
Os índices europeus reagiram positivamente a estas notícias
e à possibilidade do alargamento da compra de activos por parte do BCE e
subiram em flecha, passando a negociar novamente acima da média móvel de 200
dias.
Apesar de ter sido stopado no trade curto que havia aberto
em Ibex e de ter sido forçado a alterar a minha visão pessimista de curto
prazo, não me parece que a acção recente do PBOC continue a alimentar as
subidas nos índices como até agora. Até poderão continuar a subir, mas
certamente suportados por outras razões. Na minha opinião estes cortes nas
taxas não serão suficientes para provocar uma alteração nas dinâmicas de
crescimento da economia chinesa, além de serem baixos (historicamente os cortes
nas taxas são de 50 bps).
Neste momento, e depois de ter quebrado em alta a Ltd de
médio prazo (azul), o Dax encontra-se muito perto de testar os máximos anuais
nos 10.000/10.050 pontos. Este será o verdadeiro teste de força do Dax. É
normal que possa haver alguma tomada de mais valias nesta zona mas será que após
um pullback o Dax conseguirá estabelecer novos máximos anuais?
Já o Ibex quebrou a resistência dos 10.450/10.500 pontos,
activando o nosso stop loss nos 10.510, mas ainda se encontra longe dos máximos
anuais.
Conforme referi anteriormente, continuo bastante mais
pessimista no Ibex e no Mib do que no Dax, por exemplo, e portanto irei agir de
forma mais conservadora da próxima vez que entrar no mercado, fazendo hedging
da minha posição.
O rácio Dax/Ibex encontra-se neste momento numa resistência
nos 0,93/0,9350. Case quebre esta zona em alta poderemos ter uma oportunidade
de trading interessante, ao especular que o Dax irá subir mais (ou descer
menos) que o Ibex.