A holding de referência do grupo Sonae valorizou-se 93% nos últimos 12 meses. É uma das acções com um beta mais elevado da praça portuguesa e portanto uma das melhores para cavalgar o actual Bull Market do PSI-20.
A Sonae SGPS apresentou resultados no dia 19 de Março, tendo fechado 2013 com resultados líquidos de 319 milhões de euros, bastante acima dos resultados apurados em 2012 de apenas 33 milhões de euros. Para estes resultados em muito contribuíram os ganhos obtidos, nos primeiros 9 meses do ano, com a fusão entre a Zon e a Optimus, a melhoria dos resultados operacionais (subiram 10%) e o aumento das receitas em 3,2% para os 4.821 milhões de euros.
Apesar do contexto actual de austeriadade em que vive o país, com pressão sobre o rendimento disponível das famílias e o decréscimo do consumo privado, a Sonae conseguiu melhorar os seus resultados pela aposta na internacionalização e pelo desenvolvimento de novos canais.
Apesar do negócio de retalho alimentar (Continente e Continente Modelo), que representa 70% do volume de negócios da Sonae SGPS, ter perdido força no ano passado, a melhoria da divisão de retalho não alimentar, a Sonae SR, onde a empresa está presente com marcas como Worten, Sport Zone e Zippy mais que compensou esta adversidade.
Recentemente a Zippy inaugurou a primeira loja na Arménia em parceria com o grupo Fawaz Alhokair. Esta internacionalização da marca no médio oriente, permitirá explorar novos mercados com forte potencial de crescimento e diversificar geograficamente as receitas. Mais de metade da população da Arménia é jovem e quase 20% entre os 0-14 anos, mercado-alvo da Zippy.
Como é habitual nas minhas análises, eis os factores positivos e riscos associados ao investimento nas acções da Sonae:
Factores Positivos
- A internacionalização do divisão de retalho não alimentar, particularmente da Zippy;
- O facto da Sonae ter conseguido refinanciar os títulos de dívida que tinha de pagar até ao próximo ano;
- Os riscos de baixa inflação para a zona euro, e até de possível deflação, beneficiam empresas de sectores defensivos com elevada presença internacional, como é o caso da Sonae;
- A Sonae também conseguiu reduzir a dívida líquida pelo 17º trimestre consecutivo, situando-se agora em 1.219 milhões de euros.
- O facto da Sonae ter conseguido refinanciar os títulos de dívida que tinha de pagar até ao próximo ano;
- Os riscos de baixa inflação para a zona euro, e até de possível deflação, beneficiam empresas de sectores defensivos com elevada presença internacional, como é o caso da Sonae;
- A Sonae também conseguiu reduzir a dívida líquida pelo 17º trimestre consecutivo, situando-se agora em 1.219 milhões de euros.
Os Riscos
- A deterioração do ambiente económico em Portugal;
- Os problemas estruturais da divisão de produtos electrónicos Worten.
Além dos factores enunciados, teremos ainda que ter em atenção à situação entre a Ucrânia e a Rússia. Para já, a possibilidade de confronto bélico parece estar afastada e o abrandamento das tensões tem suportado a apetência pelo risco e a procura de acções.
O que nos diz a Análise Técnica?
Desde o início do ano, as acções da Sonae já valorizaram mais de 30%. O movimento altista continua com bastante força, tendo vindo a fazer máximos e mínimos sucessivamente maiores.
A sessão de 6ª feira passada confirmou a quebra, em alta, dos últimos máximos relativos nos 1,34€, dando um excelente ponto de entrada.
As próximas resistências situam-se nos 1,40 e 1,50, oferecendo um potencial de valorização de 3% e 10,3%, respectivamente.
Abri hoje uma posição longa em Sonae SGPS a 1,3590 com stop loss nos 1,33 e take profit nos 1,49.
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