segunda-feira, 26 de maio de 2014

Partidos anti-europa conquistam 30% dos lugares no Parlamento Europeu

Num dia de fraca liquidez, motivado pelos feriados nos Estados Unidos (Memorial Day Holiday) e no Reino Unido (Spring Bank Holiday), as acções europeias negoceiam em máximos desde 2008, em resposta à vitória de Petro Poroschenko nas eleições presidenciais da Ucrânia e às declarações de 6ª feira passada em que Putin disse que iria trabalhar em conjunto com o presidente eleito.
Ao invés das presidenciais na Ucrânia, os resultados das eleições para o Parlamente Europeu, foram surpreendentes. O povo saiu à rua e votou nos partidos anti-europeus e de extrema direira, conseguindo 130 lugares dos 751 disponíveis (o que deverá coloca-los como terceira força política). De especial referência foram os resultados em França, em que o partido da Frente Nacional, de Marine Le Pen, quadriplicou a percentagem de votos de 2009 e ganhou com 25% e o partido grego anti-austeridade Syriza.
Na minha opinião, esta vitória marca uma inversão do sentimento na maioria dos países europeus, com os eleitores a mostrarem claro descontentamento face às políticas adoptadas e a evidenciar algumas fragilidades em relação ao projecto da zona euro. A situação na Ucrânia também ainda não está completamente resolvida, pelo que a instabilidade e nervosismo nos mercados financeiros poderá voltar.
 
Num artigo que fiz há uns tempos, chamei a atenção para a correlação inversa que existe entre o VIX e o S&P500, ou seja, quando o VIX está em mínimos, o S&P500 está em máximos, e vice-versa. Neste momento, o VIX cota em mínimos de 2007 (ano em que começou a crise do subprime) e poderá evidenciar que o mercado começar a aproximar-se dos máximos e poderá estar em fase de distribuição. Para já mantenho-me muito cauteloso e com uma baixa exposição ao mercado acionista (leia-se posições longas).
 

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