O BCP admitiu pela primeira vez a necessidade de recorrer a um aumento de capital de forma a acelerar o reembolso da ajuda estatal em dívida, que ascende aos 2.600 milhões de euros. Em entrevista à agência Reuters, Nuno Amado afirmou que o banco está a estudar diferentes possibilidades para antecipar o reembolso ao estado, entre as quais o aumento de capital (AC).
O facto do BES e do BPI já terem recorrido a aumentos de capital, deixa o BCP atrasado na corrida para atingir as exigências de solidez que entrarão em vigor em Janeiro de 2019. Se realmente o BCP quiser avançar com o AC a janela de oportunidade estende-se até Agosto, mas recordo que existem outras possibilidades em cima da mesa, como a venda da unidade na Roménia ou a Millennium Gestão de Activos.
Apesar de tudo, penso que o AC será inevitável até porque será um dos requisitos caso o banco liderado por Nuno Amado queira beneficiar dos créditos fiscais, medida já aprovada pelo governo.
Aquando da divulgação desta notícia, as acções do BCP pouco ou nada reagiram uma vez que a possibilidade do banco recorrer ao AC já está descontada no preço desde dia 14 de Maio, depois do Diário Económico ter avançado essa possibilidade. O acelerar das quedas só se fará quando for efectivamente anunciado o AC ou se o BCP activar o cabeça e ombros que se encontra em formação. Se o BCP quebrar os 16 cêntimos, activa o H&S e apresenta um potencial de queda teórico de 8 cêntimos, o que poderá levar o BCP para os 8 cêntimos a longo prazo.
No mais curto prazo, o BCP encontra-se a testar a média móvel dos 200 dias (preto), pelo que poderá encontrar algum suporte nesta zona.
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