terça-feira, 30 de setembro de 2014

Norges Bank vai comprar 250 milhões de NOK por dia

A notícia avançada esta manhã pelo Norges Bank de que irá comprar 250 milhões de coroas noroeguesas por dia durante o mês de Outubro, para transferir liquidez do “oil fund” para cobrir necessidades de tesouraria internas, levou o EURNOK a cair 75 pips.
As core retail sales, referentes ao mês de Agosto, que saíram muito acima do valor do mês anterior (Act. 0,6% Prev. -1,5%) também vieram contribuir para este movimento de valorização da coroa norueguesa.
Em termos fundamentais parece estarem reunidas as condições para novas quedas no EURNOK, ainda para mais com a política facilitista do BCE e o juro historicamente baixo de 0,05%, que compara com os 1,5% do Banco Central da Noruega.
As declarações do governador do banco central norueguês de que se trata duma operação de compra de NOK e não de uma intervenção, levou o EURNOK a aliviar um pouco a pressão vendedora.
Tecnicamente, o EURNOK encontra-se sobre o suporte importante dos 8,10. Só quando este suporte for quebrado, teremos caminho aberto para novos movimentos impulsivos de queda.
 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Actualização dos trades em Altri e Galp

Altri
 
Conforme tínhamos visto na análise à Altri, publicada no dia 15 de Setembro, a formação da vela duma vela shooting star, conjugada com os factores fundamentais que referi, levaram-me a entrar curto na acção, com take profit nos 2,25€.
 
Este target foi atingido hoje, pelo que saí da posição com um ganho de 26,2 cêntimos por acção.
 
Galp
 
O take profit (12,60€) do trade curto em Galp que tenho em aberto desde o dia 9 de Setembro, foi quase activado no dia 23, depois da Galp ter estado cair quase 5%. Acabou por encontrar alguma pressão compradora (fechou nos 13,29€) mais perto do final da sessão.
 
As últimas duas sessões também têm sido marcadas por elevada pressão vendedora, pelo que decido baixar o stop loss para o ponto de entrada, os 13,45€.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Espírito Santo Saúde: a especulação continua alimentada por novas ofertas

As acções da Espírito Santo Saúde (ESS) continuam em forte alta na bolsa lisboeta, a cotarem acima dos 4,90€. Depois da entrada da companhia de seguros Fidelidade na corrida pelo controlo da ESS, com uma oferta de 4,72€ por acção, os investidores apostam agora que os outros dois interessados lançarão ofertas mais elevadas pela ESS. Recordo que os mexicanos da Ángeles ofereceram 4,50€ e a José de Mello Saúde 4,40€ por acção.
 
A José de Mello saúde reiterou ontem que apesar de ter a oferta mais baixa “mantém todo o emprenho” na OPA. No entanto, acaba por ser o interessado mais penalizado pela entrada dos chineses da Fosun (donos da Fidelidade) e a possibilidade da entrada dum quarto concorrente – os norte americanos do grupo UnitedHealth. Isto porque acaba por ser a empresa mais endividada e dependente do crédito bancário.
A UnitedHealth poderá nem sequer lançar uma OPA uma vez que foi negociar directamente com quem está a administrar a falência da Rioforte, sociedade que detêm 51% da Espírito Santo Saúde.
Sem dúvida nenhuma que as duas empresas que mais sinergias trariam para o negócio seriam a José de Mello Saúde e a UnitedHealth, que já está presente em Portugal através do Hospital dos Lusíadas.
Na minha opinião, devido ás limitações financeiras que a José de Mello apresenta, comparativamente com os outros três interessados, está à partida posta de parte. Para os accionistas, o facto da legislação portuguesa obrigar a que cada nova oferta apresente uma melhoria de pelo menos 2% face á anterior, ou seja, teria que ser de pelo menos 4,814€, deverá continuar a aumentar a especulação e a dar suporte à cotação da acção.
 
Mas atenção, quando a subida é feita de forma muito rápida, as quedas que se seguirão serão vertiginosas!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Altri: o regresso às quedas

A Altri tem vindo a recuperar das perdas que castigaram fortemente a acção entre Março e Julho deste ano. Neste período a papeleira perdeu mais de 30% do seu valor em bolsa.

 A Altri iniciou a recuperação antes do PSI-20 iniciar e enquanto o PSI-20 inverteu a sua tendência no dia 8 de Setembro, a Altri só o fez na sessão da última 6ª feira.

A contribuir para esta recuperação esteve o fortalecimento do dólar americano face ao euro. Sendo a Altri uma empresa de cariz marcadamente exportador (94% das vendas de papel são feitas lá fora), a desvalorização da moeda única nas últimas semanas, devido às medidas de expansionismo monetário implementadas pelo BCE, tem ajudado as exportações da empresa. Também o upgrade do target da Altri pelo BPI e o reforço da participação no capital da empresa por parte de Paulo Fernandes (CEO da Altri), poderão ajudar a explicar esta subida mais prolongada.

Na sessão da última 6ª feira a Altri testou o nível 61,8% de fibo do último movimento de queda, com  a formação de uma vela de shooting star e uma ilha de reversão simultaneamente.

Na minha opinião estão reunidas as condições para regressarmos às quedas, pelo que abri uma posição curta perto do final da sessão a 2,512€ com stop loss a 2,62€ (acima da sombra superior da vela da shooting star) e take profit nos 2,25€.



quinta-feira, 11 de setembro de 2014

ALIBABA: será um verdadeiro negócio da China?

A maior empresa de comércio online da China vai dispersar o seu capital na bolsa americana já no próximo dia 19 de Setembro, naquela que é já considerada por muitos a maior operação financeira da história.
O que faz a Alibaba?                                                   
Fundada em 1999, a Alibaba é a maior empresa tecnológica de comércio online na China. A empresa facilita o processo de compra e venda de qualquer artigo entre compradores (sobretudo particulares) e vendedores (sobretudo empresas), anulando deste modo o custo com intermediários e baixando significativamente o preço dos produtos para o consumidor. Em troca a Alibaba cobra uma comissão de 3% sobre cada negócio efectuado.
O modelo de negócio é bastante simples e acarreta custos bastante baixos para a empresa uma vez que não necessita de ter qualquer inventário nem gerir stocks, transferindo esse custo para os anunciantes.
 
O comércio electrónico na China cresceu 71% entre 2009 e 2012, que compara com um crescimento de 13% nos Estados Unidos em igual período. Este gigante chinês tem beneficiado do crescimento da classe média chinesa e do aumento do poder de compra. Só em 2013 a Alibaba teve 630 milhões de utilizadores, um número que deverá aumentar nos próximos anos.
É neste mercado, onde ocupa uma posição dominante, que obtém 85% das suas receitas, tendo gerado um volume de negócios (VN) de 8,46 mil milhões de dólares no exercício de 2013, correspondente a um lucro líquido de 7,72 mil milhões de dólares.
 
Principais desafios
Os principais desafios passam pela capacidade da empresa em conseguir diversificar-se e reforçar a internacionalização através da entrada nos Estados Unidos e Europa. Outro factor prende-se com a concorrência crescente que pretende tirar à Alibaba o seu monopólio no mercado chinês. O conhecido motor de busca chinês, Baidu, já começou a desenvolver ferramentas para atacar o mercado do comércio electrónico.
Oferta Pública de Venda (OPV)
A Alibaba deverá estrear-se em bolsa na próxima 6ª feira, dia 19 de Setembro, com um preço a rondar o limite superior do intervalo definido (60 a 66 dólares). Considerando o valor de 66 dólares, a empresa será avaliada em 18 vezes o seu volume de negócios, ou seja,  165 bln USD e apresentará um PER (rácio entre o preço e o lucro líquido) de 44,89, o que me parece claramente exagerado, mesmo tendo em conta as expectativas de crescimento de 27%/ano do comércio online na China (senão compare-se com o Ebay que apresenta um PER de 21,74, menos de metade).
Conclusões
O timing para a OPV da Alibaba não podia ser melhor uma vez  que o Nasdaq se encontra em máximos anuais e o S&P500 em máximos históricos. A especulação em torno da Alibaba e a procura de empresas com forte crescimento gera sempre um grande entusiasmo na comunidade investidora, o que poderá levar a fortes subidas nas primeiras sessões.
 
O risco de comprar acções tão sobrevalorizadas (quando comparadas com outras empresas do mesmo sector e a cotar na mesma bolsa) é elevado. Ainda para mais, a Alibaba será cotada através de uma empresa sediada nas Ilhas Caimão uma vez que a lei chinesa tem bastantes restrições no que respeita a participações estrangeiras. Ou seja, os accionistas não terão qualquer voto na matérias no que respeita a decisões da administração da empresa.
 
Ainda assim acredito que poderá ser um bom investimento de curto prazo, pelo menos enquanto o Nasdaq não atingir os máximos a que cotou na bolha das dot.com nos 4800 pontos. A reboque deverá ir a Yahoo que tem uma participação superior a 20% no capital social da empresa.
 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Galp forma duplo topo e dá bom ponto de entrada short

O anúncio das medidas expansionistas por parte do BCE, com o corte da taxa de juro de referência para um mínimo histórico nos 0,05% e o anúncio do arranque do programa ABS, coincidiu com a exaustão do movimento de subida da Galp.
 
Na 5ª feira passada a Galp testou pela segunda vez os máximos anuais nos 13,73€, mostrando alguns sinais de distribuição e crescente pressão vendedora. A vela dontem veio confirmar a elevada pressão vendedora e leva-me a crer que poderemos estar perante novas quedas na petrolífera nacional.
 
Abri uma posição short a 13,45€ com stop loss a 13,77€ e take profit nos 12,60€.
 
 
Em relação ao trade em EDP que mantinha aberto desde dia 22 de Agosto, decidi fechar a 3,64€ com um ganho de 0,10€ por acção.