segunda-feira, 7 de abril de 2014

José de Mello Energia vendeu 2,592% do capital social da EDP

Na passada 6ª feira a José de Mello Energia perdeu o estatuto de maior acionista portuguesa da eléctrica nacional, ao concretizar a operação de venda de 2,592% do capital da EDP através de um processo de “accelerated bookbuilding”, ou seja, através da venda directa a investidores institucionais.
 
Cada acção foi vendida a 3,20€, o que representava um desconto de 3% face à cotação de fecho de 5ª feira, permitindo um encaixe de, aproximadamente, 303,32 milhões de euros (94.787.697 acções x 3,20€).
 
Esta alienação de acções da EDP por parte do 4º maior acionista (com ainda 2% do capital social e direitos de voto) levou a que as acções abrissem na 6ª feira com um gap em baixa, com muitos pequenos investidores a aproveitarem a ocasião para encaixar mais-valias numa acção que já trepou este ano cerca de 25%.
 
Na última análise que fiz à EDP, no dia 7 de Março, referi o seguinte:
“Actualmente a acção encontra-se a testar uma importante zona de resistência, entre os 3,20 e os 3,30€, que foi o máximo registado em 2009 e que coincide com os 50% de fibonacci do Bear Market em que a EDP viveu entre Novembro de 2007 e Junho de 2012. Na minha opinião será de estranhar se a EDP não corrigir nesta zona, e até saudável se o fizer, de modo a encontrar pressão compradora para novo movimento altista".
 
Bem dito, bem feito…
 
Desde dia 6 de Março, que as acções da EDP lateralizam entre os 3,20€ e os 3,30€, excepto durante 4 sessões, em que conseguiu negociar acima da resistência dos 3,30, com volumes pouco convincentes. Aparentemente encontra-se a formar uma cunha, padrão que muitas vezes está associado a uma exaustão da tendência que o antecede.
 
Os investidores voltaram hoje a recomprar as posições de que se tinham desfeito na semana passada. Para já, fico de fora mas admito que a EDP possa subir mais um pouco. Todas as atenções deverão estar sobre o importante suporte dos 3,14€. Se este suporte for quebrado, poderemos assistir a correcções de magnitude mais elevada.
 

 

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