Entretanto, acontecimentos recentes no Iraque vieram perturbar o mercado petrolífero e levar a que o petróleo ultrapassasse, pela primeira vez em 9 meses, a barreira dos USD 113,00. Os ataques dos sunitas ao norte do Iraque e a tomada de controlo de refinarias e partes do gasoduto de transporte de petróleo para a Turquia, levaram o brent a atingir os USD 115,60 na semana passada. A situação no Iraque está bastante complicada uma vez que o exército iraquiano não tem conseguido expulsar os rebeldes da zona norte e o presidente Obama também já anunciou que um regresso das tropas americanas ao Iraque não é uma opção.
Actualmente
o Iraque exporta cerca de 2,7 mb/dia, sendo que metade das exportações são
feitas através dos terminais do Golfo Pérsico e a outra metade através dos gasodutos
situados a norte e por transporte rodoviário. Caso os terroristas dominem todo
o norte do Iraque, pode-se esperar interrupções na produção de mais de 1
milhões de barris diários.
No
entanto, mesmo que este último cenário se concretize, o petróleo não deverá
subir muito além dos USD 118/120, a não ser mais uma vez que surjam novos
desenvolvimentos, uma vez que o Iraque é o 9º maior produtor mundial da
matéria-prima. Qualquer grande perturbação no fornecimento de petróleo, poderá
ser compensada por um aumento de produção por parte da Arábia Saudita que, caso
a OPEP o determine, poderá ainda aumentar a sua produção diária em 2 mb/d.
Depois
do brent ter quebrado o limite superior do range de lateralização (112,70) e
ter feito novos máximos anuais nos USD 115,70, iniciou uma correcção que poderá
estar prestes a terminar. Por um lado, o preço encontra-se a retestar a antiga
resistência (agora suporte) dos 112,70, num típico movimento de pullback, e por
outro encontra-se no nível 38,2% de fibo da última subida.
Não
descarto a hipótese de ainda poder descer até aos USD 111 mas decido abrir uma
posição longa a 112,50 com stop loss a 110,40 e take profit nos 116,20.