sábado, 31 de maio de 2014

Maio, o melhor mês da Carteira 2014 (Rentabilidade de 38,53%)

O mês de Maio está a chegar ao fim e, como vem sendo hábito, é tempo de fazer contas à vida. Antes de passarmos à divulgação de todos os trades feitos e resultados obtidos em Maio, gostaria de deixar algumas considerações que penso serem importantes.
 
Desde que iniciei o blog em Fevereiro deste ano, que tenho publicado, juntamente com as análises e artigos de opinião, os movimentos que realizo diariamente na minha carteira de investimentos. Recordo uma vez mais que estas operações não devem ser encaradas como recomendações de investimento, e que não me responsabilizo pelas mais ou menos valias resultantes de quem optar por segui-las. Não obstante, quem segue diariamente o meu blog (não quero deixar de agradecer os emails e comentários positivos que muitos de vós têm deixado) sabe que, ao contrário de muitos outros sites e blogs da especialidade, sempre prezei pela máxima transparência. Sempre que publico um trade, refiro o stop loss e take profit e sigo-os religiosamente. A prova mais recente foi o trade curto em EDP, em que fui stopado por apenas 2 cêntimos e depois vi a acção cair e atingir o take profit que inicialmente tinha definido. Mas os mercados têm destas coisas e se queremos ser honestos e transparentes não podemos vir com desculpas do género: "Eu vi que estava a ir ao stop loss e subi um pouco" ou então "Há duas semanas entrei na acção X a 10eur e saí hoje a 12eur com um ganho de 20%".
 
Considerações feitas, vamos ao que interessa. O mês de Maio foi bastante positivo por duas razões: primeiro porque consegui a maior rentabilidade mensal até ao momento (13,98%) e depois porque consegui o maior ganho num só trade. Curiosamente foi numa das acções mais seguidas e que mais interesse desperta nos investidores portugueses: o Millenium BCP. O trade publicado no dia 16 de Maio atingiu o take profit, 11 dias depois, e valeu um ganho de 781,74€.
 
O mês de Maio também foi marcado por um reduzido número de transacções, mais precisamente 9 transacções, o que vem mostrar que quantidade não equivale necessariamente a qualidade. É engraçado reparar, que os dois meses em que foram feitos menos negócios, Fevereiro e Maio, também foram os dois meses em que a rentabilidade foi mais elevada, 13,02% e 13,98%, respectivamente, que compara com 1,47% e 4,48% dos meses de Março e Abril.
 
A rentabilidade da carteira, entre Fevereiro e Maio, é de 38,53% e o saldo, tendo em conta as cotações de fecho dos trades em aberto à data dontem, é de 13.852,64€.
 
Outras métricas interessantes são o número de negócios positivos (24), negativos (11) e fechados no breakeven (1) e os negócios ainda em aberto (4), com que parto para o mês de Junho (longo em Jerónimo Martins, curto em Altri, curto no índice PSI-20 e curto em NZDUSD).
 
Deixo a tabela dos trades realizados e o gráfico do balanço da conta.
 
 

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Kiwi activa duplo topo

Depois de o governador do Banco da Nova Zelândia, Graeme Wheeler, ter anunciado a subida da taxa de juro de referência para a Nova Zelândia de 2,75% para os 3%, no final do mês de Abril, o NZDUSD lateralizou entre os 0,8515 e os 0,8750. A expectativa que se gerou em torno desta posição mais hawkish, por parte do RBNZ, levou o NZDUSD (kiwi) a subir 630 pips desde o início do ano.

Os recentes dados macroeconómicos divulgados na Nova Zelândia, como a balança comercial (Act. 534M vs Prev. 636M) e o índice ANZ referente a Abril (53,5) têm revelado alguma debilidade da economia e têm empurrado o NZDUSD para baixo. Além disso, existe uma forte probabilidade de o banco central rever em baixa as suas projecções para a inflação, o que poderá levar a uma pausa no aumento da taxa de juro por parte do banco (recordo que a próxima reunião está marcada para o dia 11 de Junho).

Todos estes factores, conjugados com o fortalecimento do dólar nos últimos dias, levaram o NZDUSD a activar um duplo topo, com projecção baixista de 250 pips. Coincidência, ou não, projectando este target teórico no ponto de breakout, poderemos ter um teste à linha de tendência ascendente de médio prazo (a azul no gráfico). Posiciono-me curto no mercado a 0,8488 com stop loss a 0,8590 e take profit nos 0,8320.
 
 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

O PSI-20 em ondas de Elliott

O PSI-20 fechou hoje nos 7067 pontos (-1,0%). O aparecimento de uma vela de bearish engulfing pattern vem confirmar a tendência de queda do índice nacional.
 
Tenho vindo a aperceber-me de um crescente interesse por ondas de Elliott e por isso resolvi aplicar esse método, ao índice da nossa praça, de modo a conseguir ter uma visão de mais longo prazo e do que podemos esperar para as próximas semanas.

 
Um ciclo completo é composto por 8 ondas (5 impulsivas e 3 correctivas) que poderão ser de maior ou menor grau. No gráfico acima, as ondas de grau superior são designadas por I, II, III, IV e V e as ondas de grau imediatamente inferior por 1, 2, 3, 4 e 5 e 1, 2, 3, 4 e 5, respectivamente.
 
Segundo a minha leitura, o PSI-20 terminou a onda 3 do ciclo de maior grau, que se iniciou em Junho de 2012, no início de Abril. Neste momento encontra-se na fase de formação da onda 4 (correctiva). As ondas correctivas poderão ser de vários tipos. Na minha opinião estamos perante uma onda correctiva em zig-zag, conforme a imagem abaixo.
 

A onda correctiva A será composta por 5 sub-ondas. A queda de hoje do PSI-20 parece confirmar o início da onda 5 da A. Este movimento deverá levar o PSI-20 até aos 6365 pontos, importante zona de suporte, coincidente com os mínimos anuais. Na zona dos 6365 pontos, o índice deverá encontrar pressão compradora e iniciar a onda B deste padrão em zig-zag.


quarta-feira, 28 de maio de 2014

O PSI-20 poderá voltar às quedas

O PSI-20 encontra-se a subir na sessão de hoje, negociando (numa base intradiária) acima da resistência dos 7100 pontos. A suportar esta tendência positiva está a apetência dos investidores por dívida de países periféricos, motivadas pela especulação em torno de um anúncio de medidas de estímulo, a introduzir pelo BCE na próxima reunião de 5 de Junho.
 
Em Portugal, as yields das obrigações estão a cair em todas as maturidades. As yields a 10 anos estão a cair 5,3 pontos base para os 3,648%, mantendo a tendência de quedas das últimas 5 sessões. O prémio de risco (diferença entre as yields das obrigações portuguesas a 10 anos e as yields das obrigações alemãs a 10 anos) de Portugal também está em queda. A contribuir para esta queda está também a melhoria do Outlook de negativo para estável, por parte da agência de rating canadiana DBRS.
 
Depois duma queda acentuada nas últimas duas semanas, o índice nacional encontra-se a recuperar, subindo à quatro sessões consecutivas. Na última análise ao PSI-20 alertei para o facto do PSI-20 ter, no mesmo dia, activado um H&S, quebrado uma linha de tendência ascendente (Lta) e rompido o suporte dos 7100 pontos. A valorização de hoje, levou o índice precisamente a retestar a Lta e o antigo suporte (agora resistência) dos 7100 pontos, oferecendo um ponto de entrada short com uma boa relação retorno/risco.
 
Decidi abrir uma posição curta a 7181,57 pontos com stop loss a 7320 pontos e take profit nos 6760 pontos.
 
 

terça-feira, 27 de maio de 2014

Irá a C.G.D. ser obrigada a lançar uma OPA sobre a Inapa?

A Inapa é a empresa líder no sector da distribuição de papel em Portugal e também uma das acções em destaque, no dia de hoje, na bolsa nacional.
As acções da Inapa já estiveram a subir mais de 10% na sessão de hoje, depois de ter sido noticiado que a CGD (33,02%) e a Parpública (10,88%) poderão ser obrigadas a lançar uma OPA sobre os restantes 56% que não controlam da empresa.
Esta decisão ainda não está tomada, estando neste momento em análise na CMVM. A concretizar-se, coloca a CGD numa situação delicada, pois em vez de estar a vender activos e negócios descorrelacionados com o seu core business, como exigia o memorando assinado com a Troika, passaria a deter uma empresa inserida num sector completamente diferente e ainda por cima sem o querer. E passo a explicar porquê…
Em Outubro de 2011, a empresa liderada por Félix Morgado fez um aumento de capital, em que foram emitidas 300 milhões de acções preferenciais, que não concediam direitos de voto, a adicionar às já existentes 150 milhões de acções ordinárias (com direito de voto). Até aqui tudo bem. O problema é que as acções preferenciais, embora não conferissem direito de voto, passariam a fazê-lo caso, por dois anos seguidos, não recebessem dividendos. Foi precisamente isso que aconteceu e, o que inicialmente foi encarado como um investimento, passa agora a uma grande dor de cabeça para o banco do estado.
Antes das acções preferenciais, emitidas em 2011, concederem direito de voto em 2014, a CGD, através da sua gestora de participações Parcaixa, detinha apenas 0,002% da Inapa. Com esta nova alteração, e tendo sido a Parcaixa quem mais investiu em 2011 no aumento de capital da Inapa, vê-se agora com uma posição de 33,02% no capital social da empresa.
Relembro, para quem não sabe, que segundo a lei nacional, que transpõe as directivas comunitárias sobre as Ofertas Públicas de Aquisição (OPAs), é obrigatório o lançamento duma OPA quando uma empresa detem pelo menos 33% dos direitos de voto, de forma directa, ou 50% se os direitos de voto forem detidos indirectamente.
Tecnicamente, a acção reintegrou a linha de tendência ascendente (anteriormente quebrada) que guiou todo o Bull Market da acção desde Junho de 2012. A divulgação do aumento de 33% dos lucros trimestrais da empresa, para os 1,5 milhões de euros, no dia 21 de Maio, tem levado a acção a subir nas últimas 4 sessões consecutivas.
Com os resultados trimestrais já divulgados, o futuro da evolução da cotação da Inapa passa pela resolução desta situação. Em cima da mesa está uma venda de parte da posição da CGD e/ou Parpública, de modo a poder baixar a barreira dos 33%, e assim evitar a OPA. Se este caminho for aprovado pelo regulador, poderemos dar continuidade à queda da acção que, desde os seus máximos nos 0,37€, já desvalorizou mais de 20%.
 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Partidos anti-europa conquistam 30% dos lugares no Parlamento Europeu

Num dia de fraca liquidez, motivado pelos feriados nos Estados Unidos (Memorial Day Holiday) e no Reino Unido (Spring Bank Holiday), as acções europeias negoceiam em máximos desde 2008, em resposta à vitória de Petro Poroschenko nas eleições presidenciais da Ucrânia e às declarações de 6ª feira passada em que Putin disse que iria trabalhar em conjunto com o presidente eleito.
Ao invés das presidenciais na Ucrânia, os resultados das eleições para o Parlamente Europeu, foram surpreendentes. O povo saiu à rua e votou nos partidos anti-europeus e de extrema direira, conseguindo 130 lugares dos 751 disponíveis (o que deverá coloca-los como terceira força política). De especial referência foram os resultados em França, em que o partido da Frente Nacional, de Marine Le Pen, quadriplicou a percentagem de votos de 2009 e ganhou com 25% e o partido grego anti-austeridade Syriza.
Na minha opinião, esta vitória marca uma inversão do sentimento na maioria dos países europeus, com os eleitores a mostrarem claro descontentamento face às políticas adoptadas e a evidenciar algumas fragilidades em relação ao projecto da zona euro. A situação na Ucrânia também ainda não está completamente resolvida, pelo que a instabilidade e nervosismo nos mercados financeiros poderá voltar.
 
Num artigo que fiz há uns tempos, chamei a atenção para a correlação inversa que existe entre o VIX e o S&P500, ou seja, quando o VIX está em mínimos, o S&P500 está em máximos, e vice-versa. Neste momento, o VIX cota em mínimos de 2007 (ano em que começou a crise do subprime) e poderá evidenciar que o mercado começar a aproximar-se dos máximos e poderá estar em fase de distribuição. Para já mantenho-me muito cauteloso e com uma baixa exposição ao mercado acionista (leia-se posições longas).
 

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Indicador alemão de clima empresarial pressiona o EUR

O indicador alemão IFO de clima empresarial referente ao mês de Maio, divulgado esta manhã às 9h00 GMT, saiu nos 110,4, quando o consenso do mercado apontava para um valor de 111,0. Saiu também abaixo do valor do mês de Abril que era de 111,3. Ainda assim o clima empresarial permanece forte, apesar de ter sido abalado pela situação na Ucrânia e dados mais fracos que o esperado na zona euro.

Em reacção, o EUR perdeu força e o EURUSD quebrou a sua média móvel exponencial de 200 dias (preto), pela primeira vez desde Setembro de 2013, negociando agora no valor mais baixo desde Fevereiro deste ano.

Desde que Mario Draghi referiu, na última conferência de imprensa a 8 de Maio, a possibilidade de introdução de novas medidas de facilitismo monetário já na próxima reunião do BCE a 5 de Junho, o EURUSD já caiu 350 pips. Esta queda de 350 pips (apesar de tudo bastante modesta quando comparada com a subida de 2000 pips desde meados de 2012) só é justificada se o BCE cortar a taxa aplicável às principais operações de refinanciamento (main refinancing operations, MRO) e as taxas de depósito. Na minha opinião os cortes nestas duas taxas já estão descontados no preço.

Se por acaso o BCE não actuar como esperado, o preço a pagar pode ser bastante elevado. Nada está garantido e recordo que a implementação destas medidas mais dovish está dependente das projecções macro que o BCE apresentará.

Uma vez que não se irá realizar nenhuma reunião da FED em Maio (a próxima será dia 18 de Junho), o potencial de queda do EURUSD mantem-se, para já, rumo aos 1,35.
Na minha opinião, o EURUSD poderá ter uma forte reacção em alta no dia 5 de Junho e passo a explicar porquê:
  1. As quedas recentes já incorporam os cortes nas duas taxas referidas em epígrafe, pelo que mesmo que o BCE corte as taxas a 5 de Junho, poderemos assistir a um movimento de “vender no rumor e comprar na notícia”;
  2. Se o BCE desapontar o mercado, cortando apenas uma das taxas ou simplesmente não actuar, o EURUSD disparará em alta;
  3. O mercado começa a apresentar alguns sinais de sobrevenda.
A conclusão que eu retiro destas observações é que, ou o BCE surpreende o mercado com medidas adicionais, como por exemplo a suspensão do programa de esterilização de SMP, ou podemos assistir a uma valorização do EUR.
 
Ficarei atento a possíveis pontos de entrada, preferencialmente mais perto do dia 5 de Junho.
 
 
 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Os melhores filmes e documentários sobre trading e mercados financeiros

Hoje decidi deixar um pouco de parte a esfera da análise e da opinião e focar-me na "vertente cinéfila" do trading. Sempre gostei de cinema e por isso mesmo decidi compilar o melhor de dois mundos: uma lista de filmes e documentários sobre mercados financeiros e trading no geral, que me acompanharam desde os primeiros anos de investidor até à data actual, e que me fizeram aprender, sonhar e sobretudo passar bons momentos.
 
Filmes
 
Documentários e Séries de TV
  1. BBC. The love of Money 1, 2 and 3
PS: Sou capaz de me ter esquecido de um ou outro. Se se lembrarem de mais algum publiquem nos comentários que eu depois actualizo o post.
 
 

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Tudo o que precisa de saber sobre o aumento de capital do BES

Muitas são as dúvidas que me têm sido colocadas por email sobre o recente anúncio do aumento de capital do BES, e por isso decidi hoje publicar uma resposta comum e que espero esclarecedora.

O principal objectivo do BES, com este aumento de capital, é reforçar os rácios de solidez do banco, antes dos testes de stress a levar a cabo pela Autoridade Bancária Europeia até Outubro deste ano. Estes testes servirão para aferir a solidez financeira do sector financeiro europeu e serão os primeiros a ser realizados desde 2011.

Recordo que o banco, liderado por Ricardo Salgado, terminou o ano passado com o rácio de solidez “core tier one” de 10,6%, quando o mínimo exigido é 10%. Será precisamente para evitar surpresas que o BES terá recorrido a este aumento de capital. Também a necessidade de reposição dos rácios de solidez do ESFG, para níveis acima dos exigidos, terão pesado na decisão.

Mas vamos ao que interessa ao pequeno investidor. Deve ou não deve ir ao AC? A quantas acções terá direito? Como proceder em relação aos direitos? O que irá acontecer ao preço das acções do BES? Estas são algumas das questões que me foram colocadas por muitos investidores e às quais tentarei dar resposta nas próximas linhas.

As datas chave
O período de subscrição das novas 1.607.033.212 acções, a 65 cêntimos cada uma, arranca na próxima terça-feira, 27 de Maio. As ordens podem ser dadas até às 15h de 9 de Junho e a admissão á negociação na Euronext Lisboa deverá acontecer a 17 de Junho.

Os direitos
Segundo o prospecto, publicado no site da CMVM, será atribuído 1 direito de subscrição por cada acção a todos os investidores que detinham acções do banco até ao final da sessão de hoje. Para poderem comprar estas novas acções, os accionistas terão que entregar dois direitos e meio. Em termos práticos, e a título exemplificativo, um investidor que detenha 2500 acções do BES, poderá comprar 2500/2,5 = 1000 novas acções a 0,65€ cada.

Caso o investidor não queira exercer o seu direito de subscrição das novas acções, poderá negociar (em bolsa) esses mesmos direitos no período compreendido entre 27 de Maio e 3 de Junho.

À cotação de fecho de hoje do BES (0,9880€), cada direito é equivalente à diferença entre o preço de fecho e o preço de subscrição das novas acções, a dividir pelo número de direitos necessários para subscrever as novas acções, ou seja, (0,9880-0,65)/2,5 = 0,1352€. Teoricamente, amanhã o preço das acções do BES deverá ajustar esses mesmos 0,1352€ em baixa, o que equivaleria a uma abertura nos 0,8528€.

Cada um que tire as devidas elacções
Pessoalmente, não detenho qualquer acção do BES nem penso ir ao aumento de capital mas fica aqui a nota para quem o quiser fazer. A subscrição poderá ser feita de uma de duas maneiras: ou investidor já é accionista do BES e poderá exercer os seus direitos de subscrição ou, não o sendo, compra direitos de subscrição em bolsa, já a partir do próximo dia 27 de Maio, garantindo assim a compra das acções na proporção de 1 uma acção por cada 2,5 direitos, sendo o arredondamento por defeito.

Para quem não pretende participar no aumento de capital, recomendo a venda dos direitos o mais rapidamente possível. Não os deixem expirar, como muitas vezes acontece, pois além de não os exercerem, perderão a oportunidade de realizar algumas mais valias.
 
Como é sabido, “pela primeira vez desde a privatização do banco, os accionistas de referência – Espírito Santo Financial Group, Crédit Agricole, Bradesco e Portugal Telecom – não se comprometeram a acompanhar a operação na proporção das suas participações”, ou seja, irão alienar parte dos seus direitos o que irá pressionar o preço dos mesmos em baixa. Em resposta o BES apressou-se a recorrer à chamada “tomada firme” por parte do sindicato de bancos de investimento internacionais, de modo a garantir a colocação da totalidade do aumento de capital do BES, no valor de 1.045 milhões de euros.

Mais ridículo ainda é a forma como tentam aliciar os pequenos investidores. No prospecto da oferta pública de subscrição, pode ler-se na página 26, que “ o BES espera, no médio prazo, atingir resultados positivos e distribuir dividendos correspondentes a um pay-out ratio que tendencialmente deverá convergir para 40%, em linha com as últimas distribuições de dividendos efectuadas”.

No médio prazo?! O que é que isto quer dizer? Ainda este ano? Daqui a 2 anos? Estarão a tentar tapar o sol com a peneira?
 
Deixo a questão para vossa reflexão…
 

GBPUSD e USDJPY aceleram em direcção ao nosso objectivo

GBPUSD
 
Esta manhã, o comité de política monetária (MPC) do Banco de Inglaterra (BoE) decidiu manter a taxa de juro de referência inalterada nos 0,50%. No entanto, as minutas divulgadas sugerem que poderá ser necessário um aumento na taxa brevemente. A combinação destes comentários hawkish com a divulgação das vendas a retalho bastante acima do esperado (Act. 1,3% vs Prev. 0,4%) levaram o GBP/USD a negociar acima dos 1,6900. Decidi subir o stop loss para 1,6820 de modo a proteger ganhos. Recordo que tinha aberto uma posição longa a 1,6752 no dia 15 de Maio.
 
 
USDJPY
 
O sentimento cauteloso que marca o início da sessão europeia, com os juros das obrigações dos países periféricos a subirem, estão a levar à procura de ienes. O facto de Kuroda ter mantido a política monetária do Banco do Japão inalterada, sem apresentar novas medidas de facilitismo, fez com que o USDJPY caísse e activasse os stops colocados abaixo da barreira psicológica dos 101,00. O take profit do nosso trade, aberto no dia 28 de Abril, colocado nos 100,20 não foi atingido por 60 pips. Baixamos o stop loss para os 101,40.
 
 

terça-feira, 20 de maio de 2014

Update à situação técnica da Altri

A Altri tem sido uma das acções mais castigadas do PSI-20. Desde o seu máximo nos 2,99€, a Altri já corrigiu 25%. O primeiro sinal de inversão, para o qual chamei a atenção na análise feita no dia 11 de Abril, foi a quebra da linha de tendência ascendente de médio prazo.
 
O segundo sinal foi dado na semana passada com a activação de um padrão de cabeça-e-ombros, conforme exemplificado no gráfico. O target teórico deste padrão é 0,74€, o que poderá levar a acção para os 1,55€ (suporte importante) a médio prazo.
 
Na sessão de hoje assistimos a um pullback à neckline do padrão de cabeça-e-ombros. A acção também já negoceia abaixo das suas médias móveis de 50 e 200 dias, o que não augura nada de bom para os investidores de mais longo prazo.
 
Decidi abrir uma posição curta a 2,278€ com stop loss nos 2,44€ e take profit nos 1,80€.
 
 

Aussie penalizado por rumores acerca de corte no rating da dívida

Na sessão asiática o Aussie (AUD/USD) destacou-se pela negativa depois de rumores que apontavam para um eventual corte no rating da dívida da Austrália (AAA) pela agência S&P. Apesar desta mesma agência ter posteriormente dito que há uma probabilidade muito reduzida de isso acontecer (1 em 3), o AUDUSD continuou a cair.
 
A contribuir para isso estiveram também os comentários do RBA relativos à política monetária. Debelle chamou a atenção para o facto de que a redução da injecção de capitais na economia, poderá resultar num dólar australiano mais baixo. A política monetária deverá manter-se acomodativa, com o RBA a prever um crescimento da economia abaixo do previsto nos próximos trimestres e com a inflação em linha com esperado para os próximos 2 anos.
 
O sentimento positivo no Aussie alterou-se claramente nos últimos dias. O facto de não ter conseguido ultrapassar os 0,9440, rumo ao meu target nos 0,9490, e a quebra de linha de tendência ascendente que suportava o par cambial desde Janeiro deste ano, levaram-me a fechar o trade em AUDUSD no ponto de entrada, ou seja, 0,9261.
 

 

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Aumento de capital do Deutsche Bank penaliza banca europeia

A notícia avançada durante o fim de semana pelo jornal alemão Handelsblatt, que revelava que o Deutsche Bank vai aumentar o capital em 8 mil milhões de euros, está hoje a penalizar as acções do banco alemão (-2,3%) e a contagiar toda a banca europeia. A família real do Qatar irá participar no 2º maior aumento de capital da história do banco, com uma compra de 1,75 mil milhões de euros. O restante irá ser vendido a investidores.
 
As fragilidades evidenciadas pelo maior banco alemão, levaram as acções do BCP, BES, BPI e Banif a corrigirem dos ganhos 6ª feira. O Millenium BCP cai quase 3,5%. Fechei o trade, aberto na 6ª feira passada, nos 0,1720€.
 

Velas Japonesas Capítulo 2 | Parte 1: Padrões de inversão (Hammer e Hanging Man)

O capítulo de hoje incide sobre o homem enforcado e o martelo. Enganem-se aqueles que pensam que hoje vou falar sobre filmes de terror ou métodos de tortura. Trata-se de dois dos mais conhecidos padrões de inversão com base em velas japonesas.
Os padrões de inversão da análise técnica tradicional são sobejamente conhecidos da maioria dos investidores: duplos topos, triplos topos, duplos fundos, cabeça-e-ombros, “Island reversal”, entre outros… No entanto, o termos inversão pode gerar alguma confusão. Quando falamos de reversão não significa necessariamente que a tendência primária de longo prazo se irá alterar abruptamente para uma nova tendência no sentido inverso. Normalmente estas inversões demoram tempo e requerem alguma paciência. Aqui fala-se de inversões nas tendências de grau inferior, de mais curto prazo, e os padrões com velas japonesas fornecem indicações gráficas preciosas que poderão ser aproveitadas pelos investidores de forma a melhorarem o timing de entrada e saída do mercado e a colocação de ordens stop loss e take profit.
Dois dos padrões de inversão mais simples, e constituídos por uma única vela, são o martelo (hammer) e o homem enforcado (hanging man). Segundo Steve Nison, estes padrões podem ser identificados por 3 critérios:
1)      O corpo da vela está no topo do range de negociação.  A cor do corpo da vela não é importante.
2)      Têm uma sombra inferior cujo comprimento deverá ser pelo menos 2 a 3 vezes a altura do corpo da vela.
3)      Não deverá ter sombra superior (ou no caso de ter que seja muito curta)
Segundo o mesmo autor existem ainda 3 aspectos que diferenciam um hammer dum hanging man:
  • Tendência: um hammer surge após uma queda e um hanging man após um rally;
  • Dimensão do movimento que antecedo o aparecimento da vela: um martelo é válido mesmo quando aparece após uma queda de curto prazo, enquanto o hanging man deverá surgir após um rally mais extenso, de preferência formando um novo máximo relativo;
  • Confirmação: um hanging man carece de confirmação (com a vela seguinte), ao contrário do hammer.
 
A validade e significância destes padrões é directamente proporcional ao tamanho da sombra inferior e inversamente proporcional ao tamanho do corpo da vela e da sombra superior. Ou seja, quanto maior a sombra inferior mais bullish é o hammer e mais bearish o hanging man e quanto mais pequeno for o corpo da vela e sombra superior mais bullish é o hammer e mais bearish o hanging man.
Hammer
O aparecimento dum hammer é bastante comum, qualquer que seja o horizonte temporal em que o investidor negoceie. Quanto mais dilatado for o horizonte temporal, mais viável é seguir este tipo de sinais, ou seja, um martelo em gráfico diário é muito mais fiável que um martelo em gráfico horário.
Idealmente, a vela dum martelo deverá ter um corpo muito pequeno, o que significa que o mercado fechou perto do máximo. A cor do corpo da vela é indiferente, sendo que se for branco é ligeiramente mais bullish.
No exemplo abaixo, temos o gráfico diário da Galp. O aparecimento dum hammer, no dia 4 de Fevereiro de 2014, sinalizou uma inversão na tendência e deu origem a um novo movimento ascendente. A colocação do stop loss, para quem entra no mercado com base no aparecimento de um martelo, é bastante fácil e deverá ser feita abaixo do mínimo da sombra inferior, conforme exemplificado.

Hanging Man
A vela hanging man é mais incomum e deverá surgir depois de um rally prolongado. É muito importante o investidor aguardar por uma confirmação na vela seguinte, em que o preço de fecho deverá ser abaixo do corpo da vela do hanging man. A lógica por detrás desta confirmação está relacionada com a forma como a vela do hanging man é gerada. Este tipo de velas surge habitualmente quando, depois do mercado abrir perto dos máximos, se assiste a um sell-off seguido de novo movimento altista, que faz com que o mercado feche perto do preço de abertura. Se o mercado abrir em queda na sessão seguinte, aqueles que compraram no início ou no fecho da sessão anterior (alturas em que ocorre a maior parte da negociação), encontram-se com perdas. O fecho dessas posições perdedoras irá pressionar ainda mais o preço em baixa, conduzindo a um acelerar do movimento descente. Quanto maior for o gap (em baixa) entre o preço de fecho da vela do hanging man e o preço da abertura do dia seguinte, maior é a probabilidade do hanging man ser um topo.
No dia 9 de Janeiro de 2014, a SonaeCom formou um hanging man que originou uma inversão de tendência de médio prazo. Desde o seu aparecimento, a SonaeCom já corrigiu 25%. Como se pode constatar a vela negativa de dia 10 de Janeiro, confirmou a força bear do mercado. Mais uma vez, o stop loss deverá ser colocado acima do máximo do corpo do hanging man (neste caso particular acima dos 2,66€).

sexta-feira, 16 de maio de 2014

EURCAD e Trigo fechados com lucro

Trigo
 
O trigo encontra-se a corrigir pela 6ª sessão consecutiva, o pior registo desde o início do ano. A contribuir para o acelerar das quedas está o relatório da conhecida publicação Strategie Grains que sublinhou que as exportações de trigo da europa deverão aumentar na próxima temporada e que o preço do cereal deverá ser pressionado em baixa devido à perda de competitividade com o trigo no que respeita à alimentação de animais,
 
As estimativas de exportação da europa para 2014-15 foram revistas em alta, pela 4ª vez nos últimos 4 meses, em 1,4 milhões de toneladas para os 24,3 milhões de toneladas.
 
O stop loss que havia actualizado para os 697 USD, na análise de dia 9 de Maio, foi activado há dois dias atrás, tendo saído do trade com um ganho de 26USD/100 bushel.
 
EURCAD
 
O take profit do trade em EURCAD, nos 1,4920, foi activado no dia 13 de Maio, tendo saído do par cambial com um ganho de 285 pips!
 
 

BES anunciou ontem o aumento de capital em 1.045 milhões de euros

Em comunicado ontem à CMVM, o BES anunciou que irá reforçar o capital 1.045 milhões de euros. As novas acções, a serem subscritas por novos accionistas, serão vendidas a 0,65€ por acção, o que representa um desconto de aproximadamente 34.06% em relação ao preço de fecho das ações do BES no dia 14 de maio (dia anterior ao da deliberação do Conselho de Administração).
 
O facto do anúncio ter sido feito após o fecho da sessão de ontem, fez com que o BES tenha aberto com um gap em baixa na sessão de hoje, encontrando-se a desvalorizar mais de 10%.
 
O target nos 1,05/1,10€ que havia apontado na última análise, foi largamente ultrapassado, cotando neste momento nos 95 cêntimos por acção.
 
Nessa mesma análise referi também que o BCP poderia vir aos 0,16€ por acção. Esse suporte é importantíssimo porque marca a fronteira entre perdas e ganhos, para quem adquiriu acções do BCP no início do ano. Ou seja, abaixo deste patamar, todos os investidores que compraram acções do banco liderado por Nuno Amado, estarão a perder dinheiro.
 
Não é pois de estranhar que a acção encontre alguma pressão compradora nesta zona e que possa ressaltar até aos 0,19€.
 
Comprei BCP a 0,1620 com stop loss nos 0,1480 e take profit nos 0,1920. Caso a vela de hoje feche praticamente inalterada (face ao valor de abertura) ou positiva, e na 2ª feira abra com gap em alta, fica completo um padrão de morning star, com implicações altistas. Deixo o gráfico actualizado.
 


quinta-feira, 15 de maio de 2014

Discurso dovish de Carney oferece bom ponto de entrada no Cable

Na conferência de imprensa de ontem do BoE o governador Mark Carney disse que as taxas de referência se iriam manter baixas num futuro próximo. Apesar dos bons indicadores macroeconómicos que têm saído no Reino Unido, Carney referiu que bom estado da economia ainda não é sustentável e que o BoE irá manter a sua política acomodativa pelo menos até 2015. Os dados mistos que saíram as 9h30 do mercado laboral, acabaram por dar algum fundamento as estas declarações de Carney. Em reacção, o cable caiu 70 pips em direcção aos 1,6750.
Na minha opinião, estes discursos mais dovish deverão começar a ser habituais nas conferências de imprensa dos bancos centrais do G-7, dada a valorização das suas divisas em relação ao USD, o que leva a perdas de competitividade das suas indústrias exportadoras. No caso particular da libra, a moeda esterlina valorizou 10% face ao dólar, só no último ano. Esta valorização incorpora já as expectativas dos investidores face a futuros aumentos na taxa de referência por parte do Bank of England (BoE).
Apesar dos esforços do BoE para conter a apreciação da sua divisa, a continuação das quedas nas yields americanas a 10 anos poderão continuar a levar o dólar a desvalorizar e consequentemente levar o cable a subir.
 
O GBPUSD encontra-se numa situação técnica interessante ao encontrar-se a testar, no dia de hoje, a linha de tendência ascendente de médio prazo, a média móvel de 50 dias (vermelho) e a última zona de máximos relativos nos 1,6750 e que funciona agora como suporte.
Decidi comprar hoje de manhã a 1,6752 com stop loss nos 1,6690 e take profit nos 1,6970.
 
 

A minha visão pessimista do PSI-20 confirma-se

O índice PSI-20 encontra-se hoje em forte queda (-1,65%) pressionado sobretudo pela Sonae, pelos títulos da banca e pela Portugal Telecom.
 
A retalhista, liderada por Paulo Azevedo, apresentou ontem resultados do primeiro trimestre, aquém das expectativas, de 10 milhões de euros. O investidores estão hoje a castigar a acção que cai mais de 6%. Do lado da banca, a notícia que referi ontem, relativa á necessidade de aumentos de capital por parte dos BES e do BCP, continua a pressionar as acções com os investidores a encararem a diluição da cotação, por efeito do aparecimento de novas acções, como negativo para os títulos. O sector das telecomunicações também está a pressionar o índice nacional, com a Portugal Telecom a cair mais de 6%, depois de ontem ter apresentado prejuízos de 15 milhões relativos ao primeiro trimestre (prejuízos estes relacionados com os custos da operação de fusão da PT com a Oi). A pressionar também a dona da TMN está a exclusão da empresa do índice MSCI Portugal, devido à grande desvalorização que o título tem sofrido nos últimos 6 meses e à correlação cada vez mais positiva com a operadora brasileira Oi, com quem se irá fundir.
 
Tecnicamente, o dia de ontem foi decisivo para a definição da tendência de médio prazo do índice PSI-20.  No mesmo dia aconteceram três sinais bearish e que vieram dar razão à minha visão pessimista que já havia demonstrado em análises anteriores.
 
O fecho nos 7076,88 pontos confirmou a activação dum padrão de cabeça e ombros, a quebra do importantíssimo suporte dos 7150 pontos, que suportava a cotação desde o início de Fevereiro, e a quebra da linha de tendência ascendente em vigor desde Julho do ano passado.
 
O gráfico em baixo é bastante explicativo. Neste momento, o PSI-20 apresenta um potencial de queda entre 5 a 10%. A média móvel de 200 dias, situada nos 6700 pontos, ou o suporte dos 6350 pontos serão os próximos targets do índice nacional.
 
 

quarta-feira, 14 de maio de 2014

BES e BCP preparam aumentos de capital

O Diário Económico avançou esta manhã que o BES e o BCP poderão aumentar o capital nas próximas semanas. Os dois bancos deverão aproveitar a valorização das acções nos últimos meses para reforçar os rácios de capital, no caso do BES, e para antecipar o pagamento das CoCo bonds, diminuído assim os custos financeiros e a dependência do Estado, no caso do BCP.
 
Em causa poderá estar um aumento de capital até mil milhões de euros do BES e superior a 1,5 mil milhões de eutos do BCP.
 
A possibilidade dos dois bancos necessitarem de aumentos de capital está a pressionar bastantes os títulos na sessão de hoje.
 
O BES (-4,02%) quebrou o suporte dos 1,19€ havendo potencial para continuar a cair até à zona de mínimos anuais entre os 1,05€ e os 1,10€.
 
 
Já o BCP (-7,0%) quebrou, em baixa, o range de negociação que havia apontado na última análise e poderá dirigir-se para os 0,16/0,1650€.
 

Revisão em baixa das previsões de produção para 2014/2015 impulsionam açúcar

O preço do açúcar disparou 3% na sessão de ontem depois de ter sido divulgado que o elevado ritmo de plantação de cana de açúcar, que marcou o início do ano, está a diminuir, graças a problemas financeiros do lado da produção, o que imediatamente suscitou preocupações em relação a possíveis downgrades nas previsões para este ano.
 
O contracto para entrega em Julho, fechou a cotar nos 17,81. A contribuir para esta valorização estiveram também as declarações da International Sugar Organization (ISO) que chamou a atenção para um possível regresso a uma fase de défice na produção e também devido ao facto do grupo industrial Única ter revelado que a rápida produção de açúcar, que se verificou no início do ano, se reduziu drasticamente. Além disso, a publicação Platts Kingsman, que fornece preços e análises para o mercado do açúcar (http://www.platts.com/products/kingsman-sugar), reviu em baixa a previsão de excendente de 2,1 milhões de toneladas para 2014/2015 para um défice 239.000 toneladas.

Na sessão de hoje, o açúcar quebrou em alta o triângulo de consolidação em que negociava desde o início de Março, dando um bom ponto de entrada.

O nosso trade em açúcar, aberto no dia 11 de Abril a 17,01, encontra-se neste momento com um ganho de 0,94 USD por cada libra comprada. Mantenho o take profit nos 18,90 e actualizo o stop loss para os 17,20.


 


terça-feira, 13 de maio de 2014

Uma semana que se espera de elevada volatilidade para o iene

Esta semana vai mexer bastante com o iene japonês. Começou na segunda-feira com a divulgação da Current Account (diferença entre poupança e investimento) abaixo do esperado (Act. -0,78T vs Prev. -0,54T) e terminará com a divulgação do PIB trimestral na 5ª feira.
 
Este último dado será de extrema importância porque permitirá conhecer qual o verdadeiro estado da economia nipónica. Antes do aumento do imposto sobre as vendas, os consumidores apressaram-se a comprar tudo o que podiam e este consumismo exacerbado deverá ter contribuído positivamente para o PIB trimestral.
 
Além destes factores também deveremos prestar atenção à procura do iene enquanto moeda refúgio, estando muito dependente do desenrolar da situação na Ucrânia e à evolução das yields das obrigações norte americanas a 10 anos. Se as yields caírem poderemos ver o dólar a desvalorizar e consequentemente também o USDJPY.
 
Apesar de ter sido stopado na última posição que tive em USDJPY (devido aos bons dados do NFP que fizeram com o dólar índex tivesse um spike altista intradiário), os pressupostos que me fizeram abrir a posição mantêm-se e portanto volto a shortar USDJPY a 102,24 com stop loss nos 103,10 e take profit nos 100,20.
 
 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Actualização dos trades: EDP e JMT

EDP
 
O trade short aberto na EDP, no dia 7 de Maio, foi stopado no dia seguinte por apenas 0,007€. Porventura, deveria ter colocado o stop loss um pouco mais acima, de modo a permitir uma maior volatilidade do título.
 
O que é certo é que o padrão de bearish engulfing pattern, que a acção formou nos dias 8 e 9 de Maio, veio reforçar a minha análise e o sentimento negativo para este título.
 
 
Jerónimo Martins
 
Pelos motivos apontados na última análise feita à Jerónimo Martins, continuo a achar que tem potencial para subir e corrigir do violento bear market que tem castigado a acção no último ano. A zona actual oferece uma relação retorno/risco favorável pelo que decido comprar novamente a 12,29€ com stop loss nos 11,70€, abaixo do suporte dos 11,90, e take profit a 13,80.

Actualização da tabela de resultados

Deixo a actualização à tabela com os resultados relativos ao primeiro trimestre do ano, divulgados pelas cotadas da nossa bolsa à data actual.
 

domingo, 11 de maio de 2014

Velas Japonesas (1º Capítulo): Construção das velas japonesas

Ultimamente, tenho reparado que existe algum desconhecimento sobre o uso dos gráficos e padrões com base em velas japonesas, no seio da comunidade investidora.

Desde que iniciei este blogue, em Fevereiro deste ano, já recebi várias mensagens privadas com questões relacionadas sobre este tema: se determinada acção formou um martelo na sessão diária? Se um hanging man necessita de confirmação? Será que a acção X formou um dark cloud cover ou será um bearish engulfing pattern? Para alguns de vocês estes termos serão familiares, mas para outros nem por isso.

Hoje não vou aqui fazer análises nem dar a minha opinião sobre um activo específico. Este artigo pretende ser o primeiro de uma série de vários artigos didácticos sobre este apaixonante tema.

Algum Background

As velas japonesas, assim chamadas porque as linhas parecem velas, são usadas no oriente há vários séculos. No ocidente ficaram conhecidas pela mão de Steve Nison, autor do conhecido livro (e o qual recomendo) “Japanese Candlestick Charting Techniques”, no início dos anos 90.

A primeira pessoa conhecida a usar velas japonesas no Japão  foi o Sr. Munehisa Homma, que fez uma grande fortuna a negociar no mercado do arroz, durante o século XVIII. Anteriormente a Homma, o Japão esteve em guerra entre 1500 e 1600, período conhecido como “Sengoku Jidai”. Não é então de estranhar, que muitos dos nomes usados nas velas japonesas tenham analogia a termos e situações de guerra (como por exemplo, “advanced three soldiers pattern”, “night and morning attacks” ou “hanging man” ).

Porque é que as velas japonesas começaram a ser usadas pela maior parte dos traders?

Nos dias de hoje, a maioria das plataformas de análise, para não dizer todas, inclui a opção de ver os gráficos em velas japonesas.  Não querendo exagerar, diria que quase 70% dos investidores usam, ou já usaram pelo menos uma vez, gráficos de velas japonesas. Segundo Steve Nison, o uso generalizado das velas japonesas deve-se a vários factores:

- São fáceis de compreender;
- Fornecem-nos sinais antecipados de inversão;
- Dão-nos mais informação que qualquer outro tipo de gráfico (linhas, barras, etc);
- Os nomes dados aos padrões são apelativos e engraçados de aprender;
- Funcionam como uma ferramenta complementar ao uso da análise técnica comum;
- Aumentam a eficiência da análise.

Construção das velas japonesas

Basicamente, as velas japonesas apresentam, de uma forma gráfica diferente, a mesma informação de um gráfico de barras tradicional, ou seja, os preços de abertura e fecho e o máximo e mínimo da sessão. As velas japonesas apenas apresentam esta informação de forma mais perceptível e apelativa ao investidor.

As velas japonesas são aplicáveis a qualquer timeframe. Uma vela pode representar um período de negociação de 15 minutos, como pode representar toda uma semana de negociação. A informação que ela contém é lida da mesma maneira.

Como se pode ver na figura abaixo, à secção rectangular da imagem chama-se corpo da vela. O corpo da vela representa o intervalo entre o preço de abertura e o preço de fecho da sessão. Quando o corpo da vela é preto (ou vermelho, dependendo da cor que escolhemos), o preço de fecho da sessão foi inferior ao preço de abertura. Quando o corpo da vela é branco (ou verde), o preço de fecho da sessão  foi superior ao preço da abertura, constituindo assim uma vela positiva.

As linhas acima e baixo do corpo da vela são as sombras da vela e representam os preços extremos da sessão de negociação. O valor máximo da sombra superior representa o preço máximo a que o activo cotou naquele período e o valor mínimo da sombra inferior, o preço mínimo a que o activo cotou.
 
 
Se uma vela não tiver sombra superior ou inferior designa-se por shaven head (cabeça rapada) ou shaven bottom (fundo rapado), respectivamente.

Os japoneses costumam dizer que o corpo da vela é a “essência do movimento do preço”. Um olhar atento sobre o tamanho e a cor do corpo duma vela, permite ao investidor ter uma percepção gráfica rápida de quem é que está a influenciar o mercado, se os bulls se os bears. O tamanho do corpo da vela também pode ser usado para aferir o momentum do mercado: quanto maior o corpo da vela, maior o momentum.
 
Como diz um provérbio oriental, “Cada jornada de mil quilómetros, começa com o primeiro passo”. Este artigo é o primeiro passo para a total compreensão das técnicas de análise com base em velas japonesas.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Trigo dispara com resultados do relatório de colheitas do mês de Maio

Às 17h00 GMT o USDA divulgou o relatório de colheitas do mês de Maio:
 
-Corn End Stocks 1146mln vs. Exp. 1306mln (Prev. 1331mln)
- Soybean End Stocks 130mln vs. Exp. 135mln (Prev. 135mln)
- Wheat End Stocks 583mln vs. Exp. 583mln (Prev. 583mln)
 
Apesar de alguma volatilidade, após a divulgação dos resultados, a soja e o trigo negoceiam praticamente aos mesmos valores. Já o milho negoceia em baixa, depois de ter sido revista em alta a previsão dos stocks para 2015.
 
O trigo negoceia nos 729,50 USD, o que representa um ganho de 58,5 USD em relação ao nosso ponto de entrada. Actualizamos o nosso stop loss para os 697 USD.